COPA AMÉRICA CENTENÁRIO

EUA – 2016

A competição de futebol mais importante do continente celebra nos Estados Unidos uma edição especial de centenário.

AS SEDES

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Não se surpreenda caso apareçam marcações de algumas jardas e outras características do futebol americano no verde dos gramados da Coma América Centenário. Com exceção do Rose Bowl e do Citrus Bowl, todos os outros estádios que sediarão as partidas recebem jogos da temporada regular da NFL (a Liga Nacional de Futebol Americano).

CHICAGO

SEATTLE

SANTA CLARA

PASADENA

GLENDALE

HOUSTON

ORLANDO

FILADÉLFIA

EAST RUTHERFORD

FOXBOROUGH

OS GRUPOS

GRUPO A

Os Estados Unidos buscam em casa a sua maioridade no continente. A Copa América será a chance de buscar uma conquista que consolide a evolução do futebol no país. O técnico Jürgen Klinsmann aposta na liderança de Dempsey, 122 partidas pela seleção e com três Copas do Mundo no currículo. O Vaqueiro, como é chamado nos EUA, por ter nascido no interior do Texas, é a grande referência do futebol no país desde a aposentadoria de Landon Donovan. Outro veterano de destaque é o volante Michael Bradley. Com Klinsmann, ele comprovou que sua presença na seleção não era em virtude do pai, Bob Bradley, antecessor do alemão no cargo. O meia Bedoya, titular do Nantes-FRA, terá na estreia um jogo especial. Filho de pais colombianos, foi criado em New Jersey em um bairro de imigrantes do país de Gabriel García Marquez. Tanto que precisou ser alfabetizado em uma escola para estrangeiros, já que só dominava o espanhol. No banco, Klinsmann aposta no atacante Pusilic, 17 anos e já integrado ao grupo principal do Borussia Dortmund.

 

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

12

2

2

8

11

21

DESEMPENHO

Os Estados Unidos

já participaram

três vezes da competição.

A melhor colocação foi em 1995, no Uruguai, no qual a seleção ficou na quarta colocação.

Aproveitamento

22%

Participações

3

TÉCNICO

Jürgen Klinsmann está há cinco anos no comando dos Estados Unidos e precisa de um título para afirmar seu trabalho. O único até agora foi a Copa Ouro, de 2013. Seu garimpo de jovens jogadores na Europa incomoda os clubes da MLS, que investem pesado na formação. Jogadores que se destacam na liga também reclamam por espaço, ocupado por veteranos ou jovens que atravessam o oceano para jogar pela seleção. Klinsmann é responsável por todas as seleções de futebol dos EUA. Depois de cair nas oitavas na Copa de 2014, prometeu levar a seleção à semifinal em 2018. Mas seu projeto está pendente de uma boa campanha nesta Copa América.

Aproveitamento

43%

Participações

20

HISTÓRICO

SELEÇÃO BASE

Em 1999, a Colômbia acordou e viu que precisava reagir para recuperar seu futebol. Obrigou os clubes da Série A a ter, pelo menos,um jogador sub-20 e reduziu o limite de estrangeiros. O futuro chegou em 2014. A seleção voltou à Copa do Mundo depois de 16 anos. Caiu nas quartas de final, para o Brasil. Mas mostrou ao mundo vários talentos, como Cuadrado, Sánchez e James Rodríguez. A fartura é tanta que José Pekerman se deu ao luxo de promover uma reformulação no ataque. Falcao García, Jackson Martinez, Luis Muriel, Adrián Ramos e Téo Gutiérrez ficaram de fora da lista para a Copa América. Bacca, 23 gols em 40 jogos pelo Milan, agora é o cara do ataque. A ponto do ídolo Valderrama avisar que a seleção é "Bacca e mais 10". Disputam vaga ao lado dele os novatos Marlos Moreno, 19 anos e destaque da Libertadores pelo Nacional-COL, Roger Martinez, do Racing-ARG, e Dayro Moreno, 22 gols em 38 jogos pelo Tijuana-MEX.

 

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

106

22

45

22

122

178

DESEMPENHO

Jogando a competição em casa, em 2001, a Colômbia conquistou seu único título. Os colombianos ainda foram finalistas em 1975 e semifinalistas outras cinco vezes.

TÉCNICO

José Pekerman, 66 anos, vive na Colômbia o seu grande momento como técnico. Reconhecido na Argentina pelas conquistas com a seleção sub-20, os Mundias de 1997. 1997 e 2001, ele caiu como uma luva no projeto de reconstrução do futebol colombiano e na montagem de uma seleção renovada. Pekerman havia comandado a seleção principal argentina por dois anos e saiu depois da eliminação na Copa de 2006. Com ele, a Colômbia voltou a um Mundial depois de 16 anos. A Copa América Centenária será o primeiro passo da renovação na seleção colombiana, com nomes como o volante Pérez e o atacante Marlos Moreno, do Nacional-COL, ganhando espaço.

Depois da campanha surpreendente na Copa de 2014, a Costa Rica procura um norte. O técnico colombiano Jorge Luis Pinto deixou o cargo depois do resultado histórico. Assumiu em seu lugar Paulo Wanchope. Ex-centroavante da Costa Rica em duas Copas do Mundo, Wanchope era auxiliar de Pinto. Tudo ia bem até um jogo com o Panamá pelo Pré-Olímpico da Concacaf. O técnico foi expulso e ficou na arquibancada. Não aguentou o xingamento de um segurança e partiu para a briga. Apanhou do torcedor, bem menor do que ele, e perdeu o emprego. Sob o comando de Óscar Ramírez agora, a Costa Rica ainda não repetiu o futebol da Copa de 2014. O meia Bryan Ruiz, do Sporting-POR, segue sendo o organizador do time. No ataque, Campbell, do Arsenal, é aposta de velocidade e gols. Ramírez ainda lança alguns novatos, como o volante Tejeda. O técnico perdeu na terça-feira seu maior astro. Com tendinite no tendão de Aquiles, Keylor Navas foi cortado. Como Alvarado, do Trabzonspor-TUR, havia sido cortado dias antes, Pemberton, do Alajuelense, será o titular.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

14

2

4

8

14

25

DESEMPENHO

A Costa Rica vai participar pela quinta vez da competição. A melhor colocação dos costarriquenhos foi o quinto lugar na Copa América de 2001, na Colômbia.

Aproveitamento

33%

Participações

4

TÉCNICO

Óscar Ramírez era auxiliar de Paulo Wanchope. Esta é sua primeira experiência como técnico de uma seleção. Em sua trajetória, fez sucesso pelo Alajuelense, um dos clubes mais tradicionais do país e pelo qual conquistou cinco títulos. Como jogador, Ramírez fez parte da seleção na Copa de 90, na Itália. Machillo, como é conhecido, estreou contra o Brasil em setembro. Ainda procura o melhor esquema para sua seleção, mas por vezes adota linha com cinco zagueiros que fez sucesso na Copa de 2015 com Jorge Luis Pinto.

Não fosse uma lesão sofrida em maio, Roque Santa Cruz ainda seria a grande esperança de gols do Paraguai. O centroavante do Málaga, 34 anos, ainda é a referência de uma seleção que acabou como lanterna nas Eliminatórias para a Copa de 2014 e que na corrida para a Copa da Rússia está em sétimo, com os mesmos nove pontos do Brasil. Pouco antes do embarque para os EUA, o volante Ortigoza, destaque do San Lorenzo-ARG e referência técnica do Paraguai, também foi cortado por lesão. Para o ataque, o técnico argentino Ramón Díaz aposta em Jorge Benítez, do Cruz Azul mexicano. Tony Sanabria, do Sporting, chamado para o lugar de Santa Cruz, será a referência. Sanabria, 20 anos, foi formado no Barcelona e estreou na seleção aos 17 anos. Foi comprado pela Roma e emprestado ao Sassuolo e ao Sporting Gijón, onde fez 11 gols no Espanhol. Outro destaque é Juan Iturbe, argentino filho de paraguaios e que foi apontado como novo Messi. Disputou os Mundiais Sub-20 de 2011 e 2013 pela Argentina e, agora, atendeu ao chamado de Ramón Díaz.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Aproveitamento

46%

Participações

35

293

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

167

40

63

64

257

DESEMPENHO

O Paraguai já conquistou a Copa América duas vezes. Em 1953, venceu o Brasil na final e, em 1979, derrotou o Chile na decisão. O país já foi vice-campeão seis vezes.

TÉCNICO

Ramon Díaz, 56 anos, foi um centroavante de primeira linha. Jogou pela seleção argentina, foi astro do River Plate e rodou pela Europa, defendendo times como Inter, de Milão, Napoli e Fiorentia, na Itália, e Monaco, na Françca. Como técnico, outra vez fez história no River Plate. Ganhou a Libertadores de 1996 e seis campeonatos argentinos. Díaz chegou ao Paraguai depois da Copa de 2014, com a missão de recolocar o país entre as forças do continente. Aos poucos, promove uma renovação, com jogadores como o lateral-esquerdo Blas Riveros, 18 anos, do Olimpia e que já esta no radar de europeus como Barcelona e Benfica.

GRUPO B

Neymar foi guardado para a Olimpíada. Douglas Costa se machucou. Assim, caberá a William assumir o protagonismo na Seleção Brasileira. Dunga só conseguiu reunir todos os convocados já nos Estados Unidos, no dia seguinte ao 1 a 0 opaco sobre Panamá. Mas isso durou apenas dois dias. O goleiro Ederson e o meia Rafinha Alcântara foram cortados por lesão e cederam lugar para Marcelo Grohe e Lucas Moura. Na quarta-feira, foi a vez de Kaká se lesionar – Ganso foi chamado às pressas no Brasil e se tornou o terceiro jogador para essa vaga, já que o dono original era Douglas Costa. E, na quinta, Luiz Gustavo pediu dispensa, abrindo espaço para o gremista Walace. Dunga também já havia perdido Ricardo Oliveira, por lesão. As baixas abrem espaços para emergentes na Seleção como Phillipe Coutinho e Lucas Lima. O atacante Gabriel, o Gabigol, entrou no amistoso com os panamenhos, mostrou naturalidade com a camisa da Seleção e faz sombra para Jonas. Na defesa, sem David Luiz, preterido pelas atuações nas Eliminatórias, Miranda assume o protagonismo e a liderança.

SELEÇÃO BASE

Aproveitamento

63%

Participações

34

HISTÓRICO

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

175

34

98

43

398

198

DESEMPENHO

O Brasil é o terceiro maior campeão da Copa América com oito títulos. A última conquista brasileira foi com o comando de Dunga, em 2007, na Venezuela.

TÉCNICO

A Copa América ganhou ares de Copa do Mundo para Dunga. O sétimo lugar nas Eliminatórias e as atuações vacilantes deixam o técnico no paredão. Uma campanha ruim nos Estados Unidos aumentaria os questionamentos sobre seu trabalho e obrigado a buscar a medalha de ouro inédita em agosto para salvar seu emprego. Dunga mantém o esquema 4-1-4-1, com Casemiro de primeiro volante, Elias e Renato Augusto como meias e William e Philippe Coutinho nas extremas. Daniel Alves, jogador da sua confiança desde a Copa América 2007, é uma alternativa ofensiva pela lateral direita, enquanto Filipe Luiz guarda mais posição no lado esquerdo.

DUNGA EM COPA AMÉRICA COMO JOGADOR E TÉCNICO

 

VÍTORIAS: 20

DERROTAS: 2

EMPATES: 6

Miller Bolaños é a grande esperança de gols do Equador nesta Copa América. Embora a boa campanha nas Elminatórias, em que lidera com o Uruguai (13 pontos em 18 possíveis), a seleção chega aos Estados Unidos com algumas dúvidas. Principalmente depois da derrota de 1 a 0 para os EUA, em amistoso. Sem o atacante Felipe Caicedo, do Espanyol-ESP, o técnico Gustavo Quinteros aposta em Enner Valencia como parceiro do jogador do Grêmio na frente. Pelos lados, dois jogadores que vieram direto da Premier League: Antonio Valencia, que atuou como lateral-direito no Manchester United, e Jefferson Montero, do Swansea. Aliás, do quarteto ofensivo, só Bolãnos não joga na Inglaterra _ Enner Valencia é do West Ham. A dupla de zaga, com Erazo e Achilier, sofre contestações. Cazares, do Atlético-MG, e Fidel Martinez, o Neymar equatoriano do Pumas-MEX, são alternativas no banco. Quinteros chamou apenas um jogador do Independiente del Valle, semifinalista da Libertadores, o lateral Mina.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Aproveitamento

19%

Participações

26

302

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

111

19

15

77

118

DESEMPENHO

A melhor colocação do Equador na competição foi o quarto lugar em 1959 e 1993.

TÉCNICO

Gustavo Quinteros, 51 anos,  é um ex-zagueiro argentino que se naturalizou boliviano. Nascido em Santa Fe e formado no Newell's, quando dividia o futebol com a faculdade de farmácia, rodou por pequenos argentinos até 1988. Aos 27 anos, topou oferta do Universitário de Sucre, da Bolívia. Fez sucesso, se naturalizou e disputou a Copa de 94 pela seleção boliviana. Voltou à Argentina e defendeu San Lorenzo e Argentinos Jrs antes de se aposentar no Jorge Wilstermann. Como técnico, comandou a Bolívia e despontou no Emelec, com o tri nacional que o levou à seleção equatoriana, onde implementou uma revolução tecnológica e um estilo agressivo de futebol.

Só o fato de participar da Copa América já é motivo de festa para o Haiti, o país mais pobre das Américas, resultado de desgovernos, corrupção e de catástrofes naturais, como o terremoto de 2010 que matou mais de 100 mil pessoas. Até a ida para os EUA, o Haiti tinha como glórias a classificação à Copa do Mundo de 1974 e a conquista da Copa Ouro em 1973. A seleção é formada por jogadores que atuam no Exterior. A exceção é o goleiro reserva, Luis Valendi Odelus, que atua no Aigle Noir. O zagueiro Stéphane Lambese, 20 anos, chegou ao PSG com 13 anos, nasceu na França e tem nacionalidade hatiana por conta dos pais - algo corriqueiro na seleção. Lambese, porém, é reserva. Os astros do time são o goleiro Johny Placide, do Le Havre, da França, com 1m81cm de altura, e o atacate Jeff Louis, do Caen, também da França. Camisa 10, Louis é o craque do time.

HISTÓRICO

Estreante no torneio

SELEÇÃO BASE

TÉCNICO

Patrice Neuveu, 62 anos, assumiu o Hati em dezembro, em mais uma parada de suas andanças por times e seleções, na sua maioria de países colonizados pela França. Já comandou Niger, Guiné, Congo e Mauritânia. Em clubes, rodou por Tunísia, Marrocos, Egito e China. Neuveu foi auxiliar de Gerard Houllier na seleção francesa, entre 1992 e 1993. A Copa América, assim como para o Hati, é a competição mais importante de Neuveu. Por isso, ele empreendeu viagens no início do ano pela América e pela Europa atrás de jogadores com descendentes de haitianos dispostos a servir à seleção.

 

 

Copa América é a competição dos peruanos. Nas duas últimas edições, a seleção chegou à semifinal. Em 2011, na Argentina, ainda teve Paolo Guerrero como goleador. O centroavante do Flamengo é o líder de uma equipe em vias de renovação. O técnico Ricardo Gareca chamou apenas seis jogadores que atuam fora do país e apostou em destaques do Campeonato Peruano. Ele deixou de fora os veteranos Claudio Pizzarro, do Werder Bremen-ALE, Jefferson Farfán, do Al-Ahly, e o volante e lateral-esquerdo Juan Vargas, do Betis. Os destaques, além de Guerrero, claro, são o zagueiro Tapia, do Feyenoord, da Holanda. Técnico, é alternativa para jogar também de volante. No meio-campo, o articulador será Cristian Cueva. Para quem não lembra. Cueva é o baixinho que desequilibrou para o Toluca na estreia do Grêmio na Libertadores. Outro nome conhecido dos brasileiros é Yotun, ex-lateral-esquerdo do Vasco e agora volante no Malmö, da Suécia.

 

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Aproveitamento

43%

Participações

30

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

143

33

51

59

187

230

DESEMPENHO

O Peru tem dois títulos sul-americanos, conquistados em 1939 e 1975. Os peruanos conseguiram a terceira colocação nas duas últimas edições do campeonato.

TÉCNICO

Ricardo Gareca encontrou no Peru o tempo para trabalhar que não teve no Palmeiras. Em 2014, desembarcou em São Paulo, indicou jogadores argentinos e saiu menos de três meses depois. Na seleção peruana desde o inicio de 2015, Gareca implementa uma renovação. A chegada à semifinal da Copa América em 2015 deu-lhe tranquilidade para conduzir o trabalho. Mas a situação nas Eliminatórias traz questionamentos: é antepenúltimo, com quatro pontos. A Copa do Mundo é uma obsessão dos peruanos. A seleção não vai a um Mundial desde 1982, na Espanha.

GRUPO C

Podemos dizer que a Jamaica será um representante inglês na Copa América. O estilo de jogo é típico do velho estilo britânico de jogar futebol, com saídas pelas laterais e cruzamentos para a área buscando aproveitar a força física e a estatura dos atacantes. Talvez o fato de 10 dos 30 listados na pré-lista atuarem em clubes da primeira, segunda e terceira divisões inglesas explique esse estilo. O grande destaque é o zagueiro Morgan, 31 anos, capitão e campeão pelo Leicester. Até a conquista histórica do seu time, Morgan ficou nove anos atuando na segunda divisão. Outros 11 convocados atuam na MLS ou no Canadá. Apenas quatro defendem clubes jamaicanos. A Jamaica chegou à Copa América pelo vice na Copa Ouro, quando perdeu para o México na final. O resultado foi o mais expressivo na história dos Reggae Boyz. Aliás, a temporada 2015 foi dourada e teve ainda a conquista do título da Copa do Caribe. Nas Eliminatórias, porém, está a perigo. Precisa vencer os dois próximos jogos e torcer por tropeço do Panamá.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

3

0

0

3

0

3

DESEMPENHO

A Jamaica participará pela segunda vez da Copa América. Na primeira ocasião, em 2015, os jamaicanos perderam os três jogos da primeira fase pelo placar de 1 a 0 e se despediram da competição.

Aproveitamento

0%

Participação

1

TÉCNICO

O alemão Winfried Schäfer assumiu a Jamaica em 2013, com o intuito de fazer a seleção figurar entre as três melhores da Concacaf. Schäfer, 66 anos, levou na bagagem o conhecimento adquirido ao rodar pelo mundo e, principalmente, pela África, quando comandou Camarões na Copa de 2002 e conquistou a Copa das Nações Africanas. Na Jamaica, ele aproveita a força e a velocidade dos jogadores (não é à toa que Usain Bolt, o homem mais veloz do mundo, é jamaicano). Com boa parte dos jogadores atuando na Inglaterra e nos EUA, ele busca um padrão tático e adota modelo parecido com o do futebol inglês. No último amistoso antes da Copa América, vendeu o Chile por 2 a 1 em Viña del Mar.

SELEÇÃO BASE

Aproveitamento

51%

Participações

9

HISTÓRICO

O meia Andrés Guardado, do PSV, desponta como o grande destaque da seleção mexicana. Desde a conquista da Copa Ouro, em julho, sobre a Jamaica, ele se converteu no principal goleador da equioe. O técnico Juan Carlos Osorio - que, nos seus sete jogos à frente da equipe, tem sete vitórias, com 14 gols marcados e nenhum sofrido - conta com nomes de peso para a Copa América, como o meia Herrera, do Porto, e o centroavante Chicharito Hernández. Na defesa, Héctor Moreno, também do PSV, é o grande nome e forma dupla com o veterano Rafael Marques, 37 anos e titular daquele Barcelona que enfrentou o Inter no Mundial de 2006. Outros nomes desta seleção são conhecidos colorados, como os velozes extremas Jürgen Damm e Javier Aquino, que demoliram a marcação do Inter no confronto com o Tigres na semifinal da Libertadores. Carlos Vela, atacante da Real Sociedad, ficou de fora por questões técnicas. Giovanni dos Santos, atualmente no Los Angeles Galaxy, por sua vez, pediu para não ser convocado.

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

44

12

17

15

60

53

DESEMPENHO

Está é a 10ª vez que o México participará da Copa América. Os mexicanos perderam a final em duas oportunidades: em 1993, para a Argentina, e em 2001, para a Colômbia.

TÉCNICO

Juan Carlos Osorio segue com os hábitos de anotar tudo em papeizinhos, carregar uma caneta reserva na meia e mudar o time conforme o adversário. A seleção mexicana, sob seu comando, dificilmente repete a escalação. O técnico chegou à Cidade do México depois de deixar o São Paulo em meio ao Brasileirão 2015. Nas Eliminatórias, tem 100% de aproveitamento. São quatro jogos e quatro vitórias em um grupo com Honduras, Canadá e El Salvador. No México, o técnico conta com a geração campeã mundial sub-17 e que conquistou medalha de ouro na Olimpíada de Londres.

Luiz Suárez ficará de fora dos três primeiros jogos, em recuperação de lesão muscular. Mas ainda assim o Uruguai arranca muito forte para confirmar o status de Rey de Copas  - são 15 títulos da Copa América, ninguém ganhou mais. No ataque, Cavani assumirá o protagonismo na primeira fase e preparará o terreno para quando seu parceiro voltar. Diego Rolán, do Bordeaux-FRA, e Abel Hernández, do Hull City, são os candidatos à vaga de Suárez no time. Stuani, do Middlesbrough, corre por fora. Óscar Tabárez confia na liderança de Godín e na eficiência de José Giménez, ambos do Atlético de Madrid, para sustentar a defesa. O volante Carlos Sánchez, ex-River e vice-campeão mexicano com o Monterrey, é o motor do meio-campo. Em tempo, Cebolla Rodríguez foi convocado. Mas, como tem sido rotina em seus últimos anos de carreira, se lesionou e foi cortado. Laxalt, do Genoa-ITA, foi chamado para o seu lugar.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Aproveitamento

61%

Participações

42

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

193

34

107

52

395

213

DESEMPENHO

Além de ser o maior campeão da competição, conquistando a Copa América 15 vezes, o Uruguai chegou em outras seis finais. Ou seja, das 44 edições do torneio, o país disputou a decisão 21 vezes.

TÉCNICO

Está longe de ser gratuito o apelido de Maestro que os uruguaios deram para Óscar Tabárez. Aos 69 anos, sendo os 10 últimos no comando da seleção, o técnico recolocou o país outra vez entre as grandes forças. Tabárez comandou o projeto de recuperação da Celeste, em um trabalho que englobou as categorias de base. O resultado foi a formação de um grupo forte e que, mesmo com as aposentadorias de ídolos como Forlán e Lugano, se mantém competitiva. Com ele, o Uruguai voltou a disputar uma Copa do Mundo e foi semifinalista em 2010. Em 2011, festejou a Copa América na Argentina. Na Copa de 2014, caiu nas oitavas, para a Colômbia. A década à frente da Celeste faz dele o mais longevo entre os técnicos de seleções.

 

Lanterna nas Eliminatórias, com um ponto em seis jogos, com problemas administrativos na sua federação e com o presidente afastado por envolvimento no escândalo da Fifa, a Venezuela busca no ex-goleiro Rafael Dudamel sua salvação. Depois da derrota de 4 a 1 para o Chile, em casa, Noel Sanvicente pediu demissão. Os meias Luis Seijas, contratado pelo Inter, e Rincón, do Genoa-ITA, o lateral-direito Rosales, do Málaga-ESP, e o atacante Randon, do West Bromwich-ING, são os pilares desta Venezuela. O meia Guerra também chega em alta, pelo destaque no Nacional-COL na Libertadores. Para os torcedores do Inter, será a chance de ver como atua Seijas. Na seleção, ele ganha mais liberdade para atacar, como um meia de ofício. O atacante Josef Martinez, por quem o Grêmio chegou a abrir conversas com o Torino, foi chamado e será uma das apostas de Dudamel.

 

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Aproveitamento

11%

Participações

16

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

58

12

5

41

43

166

DESEMPENHO

Nunca conquistou a competição.

A melhor colocação da Venezuela foi o quarto lugar, em 2011, na Argentina.

TÉCNICO

Rafael Dudamel foi goleiro da seleção venezuelana por 17 anos. Também atuou na Colômbia, por Deportivo Cali e Millonarios. Antes de assumir a seleção principal, Dudamel comandava o sub-20 da Venezuela. Uma de suas primeiras ações ao ser promovido foi viajar para conversas com os jogadores venezuelanos espalhados pela vizinha Colômbia e pela Europa. Sua lista da Copa América tem 13 jogadores que atuam do outro lado do Atlântico - sendo seis deles na Espanha e os demais na Itália (dois), Inglaterra, Turquia, Holanda, Alemanha e França.

GRUPO D

SELEÇÃO BASE

Aproveitamento

70%

Participações

40

HISTÓRICO

Messi ainda procura seu primeiro grande título com a Argentina. A Copa América Centenário caiu do céu. Com ele pela seleção, são três Copas do Mundo e três Copas América - sendo a de 2011 em casa - disputadas, com duas finais. A seca, na verdade, não é excluvisa dele. Os hermanos não levantam uma taça há 23 anos. A última foi a Copa América de 1993, disputada no Equador. Na ocasião, eliminou o Brasil nos pênaltis nas quartas de final. Aquele time tinha nomes como Ruggeri, Simeone e Batistuta. Para ajudar Messi, Tata Martino chamou nomes como Di María, do PSG, Lamela, do Tottenham, Higuaín, do Napoli, e Kun Aguero, do Manchester City.

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

183

38

114

31

437

171

DESEMPENHO

É a atual vice-campeã e a segunda seleção que mais conquistou a competição, com 14 títulos. Os Hermanos ainda foram vice-campeões em 14 oportunidades.

TÉCNICO

Muitos dizem que Gerardo Tata Martino só está na seleção pela interferência de Messi. Rosarino como o craque da seleção, Martino surpreendeu o mundo ao trocar o Newell's pelo Barcelona em julho de 2013, para o lugar de Tito Villanueva, que na época se retirava para tratamento contra o câncer. Caiu nas quartas da Liga dos Campeões para o Atlético de Madrid e perdeu o título espanhol para o mesmo rival no Camp Nou. Para completar o cardápio, foi derrotado na final da Copa do Rey pelo Real Madrid. Na seleção, Tata também não empolga. Em um país com tantos técnicos de sucesso na Europa, o maior deles Simeone, é normal que sofra contestações. A Copa América pode ser o título que a seleção procura há 23 anos.

Com apenas uma vitória nas Eliminatórias, a Bolívia vai aos Estados Unidos tentando passar da primeira fase. Isso já seria suficiente para a seleção de Evo Morales voltar para casa com algo a festejar. O técnico Julio Cesar Baldivieso, nesta convocação, não apostou na base do The Strongest, como tem sido rotineiro. O destaque do time é o atacante

Yasmani Duk, que atua no lendário Cosmos, de Nova York. Duk chegou para ocupar no clube a lacuna deixada por Raúl González, ídolo histórico do Real Madrid. Campeão do Apertura pelo Sport Boys, um clube pequeno de Santa Cruz de la Sierra, ele foi chamado por Baldivieso para os jogos das Eliminatórias e ficou com a vaga de Marcelo Moreno. Seu companheiro de ataque deve ser Juan Carlos Arce, aquele mesmo velocista com passagem pelo Corinthians, que recuperou-se de lesão no joelho e disputa posição com Saucedo. Destaque no time para o volante Martin Smedberg-Dalence, 32 anos. Sueco, fiho de um boliviano que se mudou para a Europa para fugir da ditadura de Luis García Meza nos início dos anos 80, Dalence jogou a Copa América de 2015m, no Chile, e mal teve tempo de conhecer La Paz.

SELEÇÃO BASE

HISTÓRICO

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

109

26

20

63

102

Aproveitamento

27%

Participações

25

272

DESEMPENHO

As melhores campanhas da Bolívia foram na altitude. Em 1963, foi campeã em um campeonato de pontos corridos. Em 1997, perdeu para o Brasil na final.

TÉCNICO

Ex-atacante, respeitado na Bolívia pela participação na classificação à Copa de 1994, Julio Cesar Baldivieso assumiu a seleção em setembro do ano passado. Na estreia, levou 7 a 0 da Argentina em Houston. A partir dali, colocou mão de ferro no vestiário - o que fez com que o capítão Raldes e o centroavante Marcelo Moreno renunciassem. Baldivieso levou militares para dar palestras de motivação aos jogadores e tenta implementar uma renovação. O atacante Bruno Miranda, 18 anos, da Universidad de Chile, é uma aposta. No último amistoso antes da Copa América, Baldivieso viu seu time levar 4 a 0 dos EUA.

SELEÇÃO BASE

Aproveitamento

40%

Participações

37

HISTÓRICO

Atual campeão da Copa América, o Chile de Arturo Vidal chega efervescente à defesa do título. A crise começou no ano passado, quando o escândalo da Fifa derrubou a cúpula do futebol do país. O técnico Jorge Sampaoli renunciou ao cargo. Outro argentino foi chamado: Juan Carlos Pizzi. Alguns astros da seleção estão em má fase. Caso de Vargas, que nos últimos cinco jogos pelo Hoffenheim atuou em apenas 23 minutos. Aránguiz voltou a jogar no dia 1º de abril, depois de seis meses em recuperação pelo rompimento do tendão de Aquiles. Para motivar o grupo, o atacante Alexis Sánchez gravou vídeo dizendo que "é na crise que aflora o melhor de cada um". O astro da seleção, o meia Arturo Vidal, do Bayern, ganhou uns dias de folga e se apresentou na segunda-feira, já nos Estados Unidos.

Jogos

 

Empates

 

Vitórias

 

Derrotas

 

Gols-pró

 

Gols contra

171

30

59

82

265

299

DESEMPENHO

Os chilenos são os atuais campeões da Copa América. Ano passado, jogando em casa, o Chile bateu a Argentina nos pênaltis e faturou pela primeira vez o torneio.

TÉCNICO

O argentino Juan Antônio Pizzi foi um centroavante de primeira linhagem. No Barcelona, só não brilhou mais porque havia no grupo Ronaldo, então um jovem brasileiro buscado no PSV. Mesmo assim, Pizzi marcou época na Espanha. Tanto que se naturalizou e disputou a Copa de 1998 pela Fúria. Como técnico, comandou a Universidad Católica e eliminou o Grêmio na Libertadores de 2011. Foi campeão chileno e depois argentino, com o San Lorenzo. Na Europa, treinou o Valencia. Com Pizzi, o Chile engatou o quarto técnico argentino seguido. Antes dele, comandaram a seleção Marcelo Bielsa, Claudio Borghi e Jorge Sampaoli.

 

Com uma seleção cheia de jogadores espalhados por países como Costa Rica, Peru, Colômbia e Estados Unidos, o Panamá mira a Copa América como mais um passo em busca de afirmação no cenário da Concacaf. Nas últimas Eliminatórias, a seleção deixou escapar a vaga na Copa de 2014 em casa e nos últimos instantes contra os EUA já classificados. A seleção atual tem como pilar o zagueiro Baloy, 36 anos, aquele mesmo que passou pelo Grêmio entre 2003 e 2004. Outro conhecido dos gremistas é Blás Pérez, que estava no ataque do Cúcuta na Libertadores 2007. O destaque do time é Abdiel Arroyo, do Split, da Croácia. No banco, Ismael Díaz, 19 anos e buscado no Panamá pelo Porto B, é o sinal de futuro da seleção comandada pelo colombiano Hernán Darío 'Bolillo' Gómez. Nas Eliminatórias, os panamenhos estão praticamente garantidos no hexagonal final que indicará as três seleções na Rússia/2018.

 

HISTÓRICO

SELEÇÃO BASE

Estreante no torneio

TÉCNICO

O colombiano Hernán Darío Gómez, o Bollillo, assumiu a seleção panamenha em fevereiro de 2014. Foi contratado por quatro anos, em  um planejamento para levar o país à sua primeira Copa do Mundo. A vaga na Copa América veio em vitória sobre Cuba, depois de a seleção chegar à semifinal na Copa Ouro. Bollillo tem currículo para alcançar a façanha de colocar o Panamá no Mundial. Em 2002, garantiu a primeira participação do Equador numa Copa. Em 1990. na Itália, e 1994, nos EUA, foi auxiliar de Francisco Maturana na Colômbia. Em 1998, comandou a seleção colombiana na França.

 

A BOLA

A Nike Ordem Centro foi apresentada oficialmente no dia 21 de fevereiro, no sorteio dos grupos da Copa América. Apesar de ter sido criada especialmente para a competição, tem o mesmo design da bola que será usada nos campeonatos Inglês, Italiano e Espanhol na temporada 2016-2017. Desenhada com traços pretos pentagonais e pinceladas da cor vermelha, a bola, segundo a Nike, favorece a visão periférica dos jogadores e a tomada rápida de decisões.

 

O TROFÉU

O troféu de 61 centímetros da Copa América Centenário foi apresentado com direito a chuva de papel picado e entrada de gala na sede da Federação Colombiana de Futebol. O objeto é banhado em ouro 24 quilates, tem o mapa da América gravado de um lado e, no outro, o logo oficial da competição.

edição

Leonardo Oliveira

 

design

Leandro Maciel

 

estatísticas

Eduardo Castilhos

TOPO