HIPISMO

Os conjuntos do hipismo rompem barreiras de comunicação para ultrapassar os obstáculos colocados no percurso. Seja com uma pressão das pernas sobre o corpo do cavalo, um puxão nas rédeas ou o uso da espora, se estabelece uma "conversa" entre o animal e quem o monta.

O "papo" torna-se mais intenso à medida que o obstáculo se aproxima. As pernas "pedem" o avanço e as rédeas diminuem a velocidade. O uso dessa "língua" tão particular ajuda o cavalo a entender que precisará saltar em breve, deixando-o tranquilo para a tarefa.

ZH acompanhou, na Sociedade Hípica Porto-Alegrense, o treino de pouco mais de meia hora da amazona Luiza Livonius, montando o cavalo Cincano. Não é só o animal que se desgasta com o esforço dos saltos. Ofegante, Luiza chegou a pedir, entre um exercício e outro comandado pela instrutora Cristina Brambila, que a desse um momento "para respirar".

Cristina corrigia até os mínimos detalhes - incluindo os movimentos de Luiza na "conversa" com o cavalo. Por mais que a comunicação minimize equívocos e dê alguma estabilidade ao comportamento do animal, não garante nada. Lida-se com um ser vivo, que pode ter reações imprevisíveis. Foi o que se viu após o último salto do treino, quando Cincano corcoveou depois de passar pela barreira.

- Que isso!? - exclamou Luiza, enquanto controlava o animal com alguma dificuldade.

Depois do treino, a amazona revelou que fora a primeira vez que o parceiro de conjunto reagiu assim após passar um obstáculo.

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