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O encerramento da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira , cancelada no último domingo pelo Santander Cultural após receber acusações de promover blasfêmia contra símbolos católicos e conter obras que faziam referência à pedofilia e à zoofilia, repercurtiu na imprensa internacional.
Nesta segunda-feira (11), os sites dos jornais The New York Times e Washington Post, dois dos principais veículos dos Estados Unidos, publicaram um relato sobre o ocorrido. Ambos os portais utilizaram um texto assinado pela Associated Press, agência internacional de notícias. A publicação refere-se ao caso como uma "exposição de arte sobre diversidade de gênero cancelada em resposta a uma campanha de grupos conservadores".
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O texto destaca trechos da nota divulgada pelo Santander Cultural, em que a instituição diz que considerou que algumas obras da exposição "desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo". Também são destacadas declarações do deputado estadual Marcel van Hattem (PP-RS) e do Secretário Municipal da Cultura de Porto Alegre, Luciano Alabarse.
O site ArtReview Asia, versão asiática de um dos mais importantes portais especializados em arte no mundo, destaca que a exposição incluía trabalhos de 85 artistas, inclusive de nomes importantes dentro do universo das artes, como Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, Clóvis Graciano, Fabio Del Re, Flávio Cerqueira, Leonilson e Gilberto Perin.