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O filme A cidade onde envelheço, da brasileira Marília Rocha, conquistou neste sábado o Prêmio Abraço, principal estatueta do Festival de Cinema da América Latina de Biarritz (sudoeste da França).
Este é o primeiro longa de ficção de Marília, que vive e trabalha em Belo Horizonte. Ela já dirigiu três documentários apresentados em outros festivais e museus do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA): A falta que me faz (2009), Acácio (2008) e Aboio (2005).
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Protagonizado por Elizabete Francisca e Francisca Manuel, A cidade onde envelheço conta a história de uma jovem portuguesa instalada há um ano no Brasil. Ela recebe a visita de Teresa, uma amiga com a qual havia perdido contato. Enquanto Teresa descobre um país novo, onde quer começar uma nova vida, Francisca sente saudades de Lisboa.
O filme explora a amizade dessas duas mulheres com desejos opostos: uma quer abraçar a realidade de um país desconhecido, e a outra sente necessidade de se reencontrar com suas raízes.
O Brasil também ganhou o Prêmio do Júri, com Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, estrelado por Sonia Braga, que recebeu o Prêmio de Melhor Atriz.
Aquarius foi a única produção da América Latina incluída este ano na seleção oficial do Festival de Cannes.
O Prêmio de Melhor Ator foi para Alejandro Sieveking, por seu papel em El invierno, de Emiliano Torres (Argentina), que também levou o Prêmio do Sindicato francês da Crítica.
O Prêmio do Público ficou com El amparo, de Robert Calzadilla (Venezuela).
O documentário Nueva venecia, do uruguaio Emiliano Mazza de Luca, ganhou o Abraço nessa categoria, enquanto o de curta-metragem foi para El Edén, do colombiano Andrés Ramírez Pulido.