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Prêmio Netflix reconhece "Ventos de agosto" e "O último cine drive-in"

Longas brasileiros serão disponibilizados para 190 países durante um ano

Vanessa Scalei

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Vencedores e júri do Prêmio Netflix nesta quarta-feira

Ventos de agosto e O último cine drive-in são os dois vencedores do Prêmio Netflix e passam a integrar o catálogo mundial do serviço de streaming. O anúncio foi feito em cerimônia realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro na noite desta quarta-feira.

Dirigido por Gabriel Mascaro (de Boi neon), o primeiro título foi a escolha do júri técnico, composto pelos atores Alice Braga e Fabrício Boliveira, pelos diretores Cesar Charlone e Fernando Andrade, a cineasta Adriana Dutra e os youtubers Hugo Gloss e Lully de Verdade. Lançado em 2014, Ventos de agosto é uma mistura de gêneros narrativos que conta a história de Shirley (Dandara de Moraes) e Jeison (Geová Manoel dos Santos), casal que trabalha em uma fazenda de cocos de uma cidade litorânea de Pernambuco e vê sua vida mudar quando um estranho pesquisador aparece no local para registrar o som dos ventos alísios.

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– É um orgulho ver uma produção independente, de baixo orçamento e filmada em pouco tempo agora ganhar o mundo. É um reconhecimento não só para o filme, mas também para o cinema pernambucano – comentou a atriz Dandara de Moraes.

O último cine drive-in, de Iberê Carvalho, agradou o público que votou pelo site – foram mais de 35 mil votos no prêmio. Também de 2014, o longa brasiliense conta a história de pai e filho que são obrigados a encarar o presente e a reviver o passado. Marlombrando (Breno Nina) se vê obrigado a voltar à sua cidade de natal, devido a doença de sua mãe. Lá, ele reencontra seu pai, Almeida (Othon Bastos), que insiste em manter vivo o Cine Drive-in, do qual é dono há 37 anos e que já não atraindo mais espectadores como na década de 1970.

Os longas concorreram com mais oito filmes independentes: Clarisse ou alguma coisa sobre nós (2015), de Petrus Cariry; My name is now, Elza Soares (2014), de Elizabete Martins Campos; Levante! (2015), de Susanna Lira; Califórnia (2015), de Marina Person; Porque temos esperança (2014), de Susanna Lira; À queima roupa (2014), de Theresa Jessouroun; Obra (2014), de Gregorio Gaziosi; e A história da eternidade (2014), de Camilo Cavalcante.

Jurada do Prêmio, a atriz Alice Braga, que atualmente estrela a série americana A rainha do Sul (exibida no Brasil pelo canal Space), disse que foi uma escolha difícil, mas que a premiação é importante para dar visibilidade internacional ao cinema brasileiro:

– São filmes menores de certa forma, pois são independentes e de orçamento mais baixo e que encontram dificuldades na distribuição. Fico muito feliz que a Netflix vai levá-los para o mundo agora.Com os contratos de licenciamento global os filmes vencedores serão disponilizados durante um ano para os 190 países onde a Netflix opera.

*A jornalista viajou ao Rio de Janeiro a convite da Netflix.

*ZERO HORA


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