Roger Lerina
Depois de O Palhaço (2011), filme brasileiro que conseguiu o raro feito de unir sucesso de crítica e público, com mais de 1,5 milhão de espectadores, Selton Mello antecipou que seu próximo trabalho como diretor seria cercado de expectativa. Depois de quebrar a cabeça tentando escrever uma história original que o agradasse, o ator e realizador encontrou o material certo para seu terceiro longa-metragem em Um Pai de Cinema, romance que apareceu na produtora com a qual trabalha acompanhado do seguinte bilhete: "Oi, aqui é o Antonio Skármeta. Estou oferecendo a vocês os direitos deste livro". Adaptado para o cinema por Selton e pelo roteirista Marcelo Vindicatto, o drama baseado no texto do escritor chileno – autor de O Carteiro e o Poeta – entra em cartaz hoje no país. Rebatizado como O Filme da Minha Vida, o roteiro foi transposto do interior do Chile da década de 1950 para a serra gaúcha em 1963 – mas o coração da trama é o mesmo: a busca de um filho pelo pai que desapareceu de sua vida inesperadamente e sem deixar rastros.