Carlos André Moreira
Devido ao caráter vetusto do prêmio mais que centenário, não é sempre que se espera intensidade de um Prêmio Nobel de Literatura. Portanto, talvez tenha sido surpresa para alguns que a mesa mais intensa desta 14ª Festa Literária Internacional de Paraty tenha ocorrido na tarde deste sábado, pela voz da jornalista Svetlana Aleksiévitch – e que essa voz tenha sido calma e lúcida, instrumento que a autora de Vozes de Tchernóbil usa para se transformar, em suas próprias palavras, em um ouvido a serviço de seus personagens. Além de ter lotado o espaço da tenda dos autores, a Nobel também reuniu mais de 1,8 mil pessoas interessadas em ver sua palestra no telão que transmite as sessões para quem não comprou o ingresso.
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