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A edição do Grammy contou com troféu dividido ao meio, homenagens e shows marcantes. Confira o que rolou de melhor:
Dois troféus e meio
Desde o anúncio dos indicados, Beyoncé e Adele eram as protagonistas deste Grammy. A americana tinha até certo favoritismo, liderando as indicações, com nome listado em nove categorias. Mas quem levou a melhor foi a britânica: Adele ganhou os cinco troféus para os quais foi indicada.
Beyoncé, que ficou com duas estatuetas _ melhor álbum urbano contemporâneo e melhor clipe –, não deixou de brilhar na premiação, com uma performance bem produzida de Love Drought e Sandcastles. Com cuidadoso figurino e projeções holográficas, Beyoncé apareceu com as mãos posicionadas sobre a barriga, grávida de gêmeos.
Adele chegou a quebrar seu prêmio de melhor álbum do ano e oferecer metade dele à colega:
– Eu não poderia aceitar esse prêmio. Lemonade é tão incrível, Beyoncé _ declarou a britânica.
Os primeiros de Bowie
Depois de cinco décadas de carreira, David Bowie ganhou postumamente os primeiros grammys por sua música. O britânico, morto no ano passado, só havia recebido o prêmio uma vez, mas na categoria videoclipe, por Jazzin for Blue Jean, em 1985.O último álbum do cantor conquistou cinco troféus neste domingo. Blackstar foi o vencedor nas categorias de melhor disco alternativo, melhor pacote de gravação, melhor produção de álbum não clássico, melhor música de rock e melhor performance de rock – os últimos dois referentes à faixa-título. Em 2016, a premiação também homenageou o Bowie, com um tributo da cantora Lady Gaga.
Metallica e Lady Gaga
Um dos momentos mais aguardados – e inusitados – da noite, o encontro entre Metallica e Lady Gaga, quase foi arruinado por problema de produção. O microfone de James Hetfield começou a apresentação desligado, e um grupo de dançarinos parecia não saber muito bem o que fazer em cena. Os contratempos foram minimizados pela energia dos músicos, empolgados na performance de Moth Into Flame, faixa do Metallica no álbum Hardwired... to Self-Destruct (2016). Gaga não conteve euforia e deu um mosh, pulando sobre o público. O salto não parecia ensaiado, mas foi uma das poucas coisas que deu certo na apresentação.
Homenagens
Três homenagens marcaram a premiação. Por conta dos 40 anos de Os Embalos de Sábado à Noite, Bee Gees recebeu um tributo dos músicos Demi Lovato, Little Big Town, Andra Day e Tori Kelly. O ponto alto foi a interpretação de Demi para o hit Stayin' Alive.
Quem colocou todo mundo para dançar foi Bruno Mars, em uma homenagem ao músico Prince, morto no ano passado. Com Morris Day e a banda The Time, Mars tocou Let's Go Crazy, fazendo gente da plateia, incluindo Beyoncé e Jay Z, a arriscar uns passinhos.
Mais um momento marcante foi a interpretação de Fast Love por Adele, como tributo a George Michael, que morreu em dezembro. A britânica interrompeu a música depois de cantar alguns versos fora do tom, pedindo para os músicos recomeçarem a canção.
O azarão
No rap, quem roubou a cena foi o jovem Chance the Rapper. Aos 23 anos, ele superou gente experiente como Drake e Kanye West, arrematando o troféu de melhor álbum de rap e melhor performance de rap. Chance também foi escolhido como revelação do ano – a última vez que um artista negro de hip hop venceu a categoria foi em 1999, com Lauryn Hill.