Gustavo Brigatti
Começa nesta quarta-feira a FestiPoa Literária, que em seu quinto ano ganha uma programação ainda mais diversificada.
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Como nas edições anteriores, a aposta é na descentralização de atividades e na mistura de linguagens, trazendo o cinema, o teatro e a música para o universo dos livros em 10 dias oficiais de evento - sem contar uma saideira especial.
Neste ano, a Casa de Cultura Mario Quintana será o endereço oficial para a maior parte da programação, mas outros pontos da cidade também farão parte do circuito literário, como o Bar Ocidente, a livraria Palavraria, a Casa de Teatro, o Instituto Goethe.
As atividades incluem leituras, lançamentos literários, oficinas, exposições, shows, peças, filmes, saraus e performances. A FestiPoa vem se firmando no calendário literário de Porto Alegre - que já há alguns anos vai além da Feira do Livro, consolidando, entre outros, o Gauchão de Literatura, o Sport Club Literatura e o Sarau Elétrico.
- Sem modéstia, posso afirmar que a FestiPoa cresceu muito em qualidade e tamanho. Aprendemos muito desde a primeira edição, que foi feita meio que no improviso, e hoje temos uma estrutura e uma equipe muito boas - aponta o organizador Fernando Ramos.
Os objetivos, no entanto, permanecem os mesmos desde a primeira edição: levar literatura para o máximo de público de maneira informal, em clima de boemia e com alguma provocação.
Um exemplo é colocar expoentes de diferentes áreas numa mesma mesa, como a sambista Fabiana Cozza e o roteirista Paulo Lins para discutir samba e poesia mediados pelo escritor Marcelino Freire. Ou juntar leituras, performance e música num balaio só no Espaço Cultural do Sintrajufe. Ou ainda homenagear, em um evento literário, Ivo Bender, o maior dramaturgo gaúcho em atividade.
- Queremos essa mistura. Acho ruim isolar a literatura, uma vez que ela tem tanto a dialogar com outras áreas - explica Ramos.
Seguindo essa linha, a programação contemplará ainda o documentário Wilson Martins - A Consciência da Crítica, de Douglas Machado, e o espetáculo Nossa Vida Não Vale um Chevrolet, com direção de Adriane Mottola e texto do dramaturgo Mario Bortolotto.
E embora encerre suas atividades - todas com entrada franca - no dia 28 de abril, a FestiPoa guardou uma "saideira" para o dia 7 de maio. Na Casa de Cultura Mario Quintana, os escritores Mário Prata e Luis Fernando Verissimo conversarão sobre crônica e humor.
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