Paul McCartney fechou a primeira parte do show histórico em Santa Catarina com uma sequência de arrepiar. Tocou, nessa ordem, Let it Be, Live and Let Die e Hey Jude. Foi, para qualquer mortal, um daqueles momentos que se curte poucas vezes na vida.
Durante o que pode-se chamar de um dos mais "populares" e aguardados momentos do show, Paul engordou o banquete ao dizer o que, para Florianópolis, além de tradicional é um elogio:
- Vamos, istepôs.
Live and Let Die teve dois grandes momentos. O primeiro foram as explosões na frente do palco. Os que estavam a até 50 metros puderam sentir o calor do fogo e o chão mexer. O segundo foi o teatrinho que fez ao final das explosões: fez caras e bocas para insinuar que estava surdo e que poderia ter um piripaque do coração com tantas bombas.
A série do Beatle arrancou gritos histéricos. Choro também. Teve quem cantou "quero bi" em vez de Let it Be, e disse "enju" para Hey Jude. Mas parece que ninguém deslizou no que era a coisa mais importante do mundo naquele momento: cantar com Sir Paul. E ficar mais leve depois disso.
Com Hey Jude, que fez no centro do palco com um piano colorido e menor do que o tradicional, tirou do público o grito provavelmente mais esperado da noite. O "na, na, na na" deve ter sido ouvido a centenas de metros dali. E Paul fez graça com a "frase" forte da música escrita nos anos 1960 para o filho de Lennon, triste com a separação dos pais.
- Primeiro os homens (ouviu na, na, na, na bem forte). Os istepôs (mais na, na, na, na a capela). Agora as gatinhas (mais na, na, na, na, com um pouco de riso da plateia - disse ao chamar para o coro.