Em edição recente de ZH, o Daniel Feix contou o passado do bar Tutti Giorni. E o impasse do seu presente. Como diz o Gullar, pronto: abriu a tampa de lembranças repletas de vida acertada. E só três erros. O homem de perto, Oscar Simch, ficou encarregado de organizar um sarau de poesia. Delegou ao irmão poeta, José Antônio, que chamou o Zé Weiss, que me chamou. O Oscar nos dirigia, com muita firmeza. Odiava ataques de riso e, portanto, fomentava-os a cada ensaio. Ralhava com a gente, ameaçava demitir-nos. O mercado já era péssimo para os poetas, e a gente retomava a seriedade. Hoje desconfio de que Os Homens de Perto sua torrente de gargalhadas são uma justa vingança contra aquele diretor. Mas ali era só acerto, o bar enchia, fumaça poética, cerveja boa, o filé indescritível do Mussa. E, depois, muito apetite para a poesia.
- Mais sobre:
- cultura
- segundo caderno