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O cantor Stephen Malkmus, ex-líder do Pavement, símbolo do rock independente dos anos 1990, vem a Porto Alegre nesta quinta-feira, tocar com sua banda The Jicks. Se há vinte anos, o termo "indie" era claramente referência ao rock com guitarras distorcidas feito na garagem de casa, hoje a palavra perdeu significado e pode significar uma mistura de gêneros musicais.
Confira o que integrantes de algumas bandas gaúchas pensam a respeito:
"O indie nunca foi um termo muito exato. Nos anos 1990, tanto podia definir bandas baseadas em guitarras distorcidas que manejavam suas carreiras de forma independente das estruturas das grandes gravadoras e das rádios quanto servia de xingamento para bandas chorosas e chatas. Hoje, a rigor, Marisa Monte é indie, Calypso é indie, a cena do tecnobrega do Pará é indie, todo mundo é indie no sentido de ter carreira formatada do seu jeito".
Gustavo "Mini" Bittencourt, da banda Walverdes
"Infelizmente, para mim, e felizmente, para outros, o termo ganhou outros significados, que, assim como o Marco Feliciano, não me representa (risos). O meu indie é o Dinosaur Jr., não o MGMT ou a banda da última semana".
Andrio Maier Barbosa, integrante das bandas Superguidis, Medialunas, Urso, Hangover e Worldengine
"O indie deixou de ser um estilo underground ou ignorado por grandes públicos para ser algo mais amplo e complexo. Hoje, mais do que um estilo de música, o termo se adequa para bandas novas que fazem um som atual, o que não quer dizer novo, e que ainda não são conhecidas das grandes massas".
Rafa Rocha, da banda Wannabe Jalva
"Acho as bandas atuais muito medrosas, sem energia, parece que são músicos buscando uma perfeição que não existe e provavelmente a última coisa que eles queiram é fazer algo que mude o jeito de pensar e desafie conceitos musicais".
Eduardo Normann, que integra bandas como Space Rave, Planondas, Dating Robots e Radio Bla