
Os canadenses do Nickelback sempre lideram as listas de piores bandas do mundo. Mas a animação do público nesta sexta-feira parecia contradizer isso. A banda é dona de sucessos que tocaram tanto nas rádios que todos sabiam cantar, como Photograph, Rockstar e Someday, sem falar em How You Remind Me, não apenas o maior hit de 2001, mas a música mais tocada da década passada nos Estados Unidos.
Além disso, os fãs da banda esperaram bastante para ouvir Nickelback, que nunca havia tocado no Brasil. Com tudo isso ao seu favor, a banda não precisaria provar nada, mas, estranhamente, o vocalista Chad Kroeger parecia disposto a provar que era um verdadeiro astro do rock, com estilo de vida condizente. Usando uma camiseta da bebida Jack Daniels, ele disparava "vamos beber?" Em certo momento, todos os integrantes da banda tomaram um copo de caipirinha, enquanto Chad pedia "mais mais mais mais". As músicas também seguiam a temática: Burn It to the Ground fala sobre como eles vão beber muito nesta noite. Finalmente, o vocalista perguntou:
- Mais alguém quer ser uma estrela do rock?
Ao final, Kroeger prometeu que vai pular na tirolesa e cair no público quando Bon Jovi estiver no palco cantando Livin' on a prayer.
Primeira das atrações internacionais, a banda norte-americana Matchbox Twenty também embalou o público com uma coleção de hits radiofônicos que todos sabiam cantar de cor. Repetindo mensagens como "Rio, eu te amo" e "Sempre quis estar aqui com vocês", o vocalista Rob Thomas conduziu uma apresentação que intercalou sucessos como Bent, Unwell e Disease - que fez parte da trilha sonora da novela Mulheres Apaixonadas - e músicas mais desconhecidas do público brasileiro. Em sua primeira apresentação no Brasil, a banda seguiu o que está virando tradição no festival: fazer um cover. A escolhida foi Jumping Jack Flash, dos Rolling Stones.
Presença confirmada em quase todas as edições brasileiras do Rock in Rio, Frejat fez o show de abertura do palco Mundo. Mesmo sem inovar, o cantor e guitarrista de 51 anos mostrou o apelo popular que faz com que ele sempre seja escalado: seu show é uma enorme festa com grandes sucessos que o público sabe cantar. Além das composições do Barão Vermelho (Bete Balanço, Pro Dia Nascer Feliz) e as baladas da sua carreira solo (Por Você e Segredos), tocou hits como Divino Maravilhoso (de Gil e Caetano), A Minha Menina (Jorge Ben Jor), Malandragem, de Cássia Eller e Não Quero Dinheiro, de Tim Maia, a quem chamou de "meu cantor favorito".