"Embora Porto Alegre fosse a capital gaúcha, há muito tempo tinha banido dos seus bailes a roupa campesina, vivendo os padrões das modas europeias ou dos bailes caipiras..." O relato de Paixão Côrtes fala dos seus tempos de moço, lá pelos anos 1940. Muitas foram as contribuições desse gaúcho de Santana do Livramento, incansável pesquisador a nos mostrar a diversidade da cultura, das tradições e do folclore do Rio Grande do Sul. Paixão andou pelos quatro cantos documentando manifestações, e algumas delas, como o baile, manteve no seu dia a dia em Porto Alegre. Era nos porões de sua casa no bairro Cidade Baixa que reunia os amigos para cantar, tocar, dançar, ao redor de um fogo de chão, tomar um café de chaleira, dizer uns versos e comer um pastel de carreira, mantendo vivos hábitos que o acompanharam desde sua terra natal.
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