
Escondido em um alto ponto de observação, um homem atrás de um rifle escolhe alvos entre os seres que se movem mais abaixo. O que poderia ser uma caçada esportiva é, na verdade, um pesadelo crescente para famílias e autoridades, pois o atirador se encontra em um edifício comercial em frente a uma comunidade pobre de uma grande cidade, e os alvos são seus moradores. É seguindo a pista de um assassino que abate pessoas como animais na selva que Safári, novo livro de Luís Dill, desenvolve-se. O escritor autografa o volume neste sábado, às 17h, na Palavraria (Vasco da Gama, 165).
- Seriados policiais americanos da década de 1970 são grandes referências para mim e influenciaram muito a construção do Safári - conta o autor.
Experiente escritor de histórias infantis e narrativas policiais como Tocata e Fuga (de 2007, vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura na categoria contos) e A Dor Mais Afiada (2012), Dill faz a narrativa avançar de modo rápido e introduz boas viradas na trama, conseguindo captar a atenção do leitor. Os personagens não transcendem os clichês do gênero policial, como o psicopata frio e a donzela fútil e ingênua, mas o escritor acerta ao criar um bom cenário para eles: uma cidade sem nome com preconceitos sociais e jogos de influências entre autoridades típicos da realidade brasileira.
Safári
De Luís Dill
Romance policial, Rocco, 184 páginas, R$ 25
Sessão de autógrafos neste sábado, às 17h, na Palavraria (Vasco da Gama, 165)