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Entre as gravações da novela Geração Brasil e as turnês com a peça infantil Pluft, o Fantasminha, Claudia Abreu parou para responder algumas perguntas de ZH. Nesta entrevista, a atriz fala sobre a peça do grupo O Tablado, sua porta de entrada para o teatro, e o papel de Pluft, pelo qual foi escolhida a melhor atriz no Prêmio Zilka Sallaberry 2013:
O texto de Pluft, o Fantasminha tem quase 60 anos e continua fazendo sucesso. Na sua opinião, o que mantém essa obra atual e atraente para as crianças de hoje em dia?
Pluft é uma peça que, no fundo, trabalha com arquétipos, com as emoções primárias. Isso é o que garante a universalidade do texto. Ele toca as crianças de todas as épocas porque fala do medo e do fascínio pelo desconhecido, de como um obstáculo é um trampolim para o amadurecimento. Esses são temas muito presentes na infância.
Há na história de Pluft algo que esteja em falta nos espetáculos teatrais mais novos?
Pluft é um clássico, e como todos os clássicos, acaba sendo universal. É uma peça que respeita a inteligência das crianças. E é assim que todo espetáculo infantil deveria ser feito.
O fantasminha já foi interpretado por muitos atores. Como você construiu seu próprio Pluft?
O Pluft tem uma pureza de criança, mas tem também a peraltice, a energia, a alegria. Brinquei muito com o contraste do fantasma que tem medo, mas tem também o instinto de assustar.
Seus filhos já viram o espetáculo? Quais foram as reações deles?
Eles amam a peça e vão direto para o teatro comigo. Sabem todas as falas, gostam de ver os processos de montagem, ensaios, maquiagem, ficam na coxia. Esta peça é um presente carinhoso para a infância deles.
O que motivou você a voltar a interpretar o personagem, especialmente em um momento em que precisa conciliar as turnês com as gravações da novela Geração Brasil?
Na verdade eu voltei a fazer a peça no ano passado, antes da novela. Sempre quisemos voltar a fazer Pluft, pois encerramos a outra temporada com lotação esgotada. Mas, como tive mais três filhos entre a primeira montagem e essa - além da minha primeira filha -, então quis fazer para eles verem também.