
Nunca pensei em ser BBB na vida. Nem mesmo pelo R$ 1,5 milhão. Nesta terça-feira à tarde, porém, mesmo nunca tendo tido esse objetivo de vida, fiquei confinada na "casa mais vigiada do Brasil" por quase duas horas. E, olha, passou tão rápido que pareceram apenas 20 minutos.
Eu e mais 17 jornalistas do Brasil pudemos entrar naquele ambiente que o país acompanha há tantos anos. É claro que a produção não nos deixaria levar celular, câmera ou qualquer outro equipamento eletrônico. Nem bloco e caneta permitiram.
A primeira impressão foi: "Nossa, isso daqui é muito maior do que imaginava". Os espaços lá são mais amplos do que parecem pela TV. A decoração mudou, tem um visual retrô. A disposição dos espaços também. Agora tem uma sauna ao lado da piscina - se bem que nem deve ser usada, porque o calor no Rio anda tão intenso, que basta sentar à beira da piscina para derreter. A grama não é de verdade, é sintética. A piscina não é grande. Uma decepção.
Grupo de 18 jornalistas que participou do BBB Experience
Foto: Paulo Belote/TV Globo, divulgação

Assim que coloquei o pé na casa, fui direto ao confessionário e sentei por alguns instantes naquela cadeira, olhando para a câmera em frente. Pensei: "É, deve mesmo ser tenso sentar aqui e falar com um país inteiro, mesmo sem querer". Entrei em todos os ambientes permitidos.
Serão dois quartos novamente. Em um deles, com decoração azul, há banheiro e chuveiro dentro, e é muito frio. Tem lugar nas camas para sete pessoas. Entre nós, jornalistas, sentenciamos: vai ser uma nova Sibéria. O segundo é menor, e a decoração é colorida. Apenas cinco lugares. Esse fica ao lado da despensa e na frente do banheiro principal, amplo e igual ao do ano anterior.
Na cozinha, abri portas e gavetas dos armários e da geladeira - e ela estava abarrotada de comida, com muitas frutas, sucos naturais e alguns queijos e embutidos. No mezanino, onde no ano passado ficava o quarto do líder, agora é a academia. Fiz até alguns minutos de esteira. O quarto do líder está na parte externa. Foi o único ambiente em que não pudemos entrar.
Como era pra ser um BBB Experience, o Big Fone tocou - está em uma minicabine, que lembra as de Londres, perto da piscina. Foi uma correria para atender, mas era apenas um trote da produção. Em seguida, a famosa voz "do além" disse: "Senhores, a despensa está liberada". Era uma surpresinha da produção, com espumantes, um bolo e um cooler cheinho... de guaraná!

Editora do TV Show, Vanessa Scalei, na casa do BBB
Foto: Paulo Belote/TV Globo, divulgação
Brindamos como BBBs ao som da música tema do programa - agora remixada. Seguíamos conversando, até que uma primeira corajosa se jogou na piscina. E alguns outros não se aguentaram e caíram nela também. Eu não fui. Podem me julgar. Não vou em piscina nem na casa de amigos, por que diabos iria entrar naquela diante de tantas câmeras?
De repente, a voz novamente foi ouvida: "Senhores, em cinco minutos, todos na sala". Os cinco minutos demoraram a passar. Até que a tela da TV ligou e quem estava lá? Ele. Pedro Bial. Não estava só, veio com o diretor-geral do programa, Rodrigo Dourado. E foi assim que participei da entrevista coletiva mais diferente da minha vida de jornalista: jornalistas na sala de uma casa e entrevistados do outro lado da tela. Foram apenas 20 minutos de bate-papo em que eles contaram algumas novidades, explicaram como foi a escolha dos participantes e como será a nova edição, que aposta em uma volta às origens com participantes mais comuns.
Ao final, ninguém queria deixar a casa. Depois dessas poucas horas lá, um novo sentimento: eu poderia muito bem passar alguns dias, semanas, até meses, ali. Mas não é isso que quero pra minha vida. Ah, como é ser vigiado o tempo todo? Em menos de 10 minutos já se esquece daquelas câmeras todas que se movimentam quando você passa. Valeu a experiência.
Antes de entrar na casa do BBB
Foto: Paulo Belote/TV Globo, divulgação

* A jornalista viajou a convite da TV Globo