
A temporada 2014 do projeto Clássicos Cinemark será aberta neste fim de semana com a quinta e - até agora -melhor seleção de filmes. Seis títulos imperdíveis estão de volta a cartaz para serem assistidos, até março, como manda o figurino: na tela grande do cinema, em cristalinas versões restauradas e com imagens em alta definição na resolução 2K (padrão homologado pelos grandes estúdios americanos para projeção digital no circuito comercial).
Casablanca é a primeira atração, com sessões nas três salas da rede Cinemark no Estado nos dias 24, 25 e 28 próximos:
BarraShopping - sábado, 22h30min; domingo, 12h30min; quarta, 19h50min.
Bourbon Ipiranga - sábado, meia-noite; domingo, 12h10min; quarta, 20h50min.
Canoas Shopping - sábado, 23h20min; domingo, 12h; quarta, 21h10min.
Os horários dos demais filmes podem ser consultados no site do Cinemark próximo de seus dias de exibição. Confira o calendário:
Observação: os trailers abaixo são meramente ilustrativos e não reproduzem a qualidade e o formato de seus respectivos filmes nas cópias restauradas que serão exibidas.
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Casablanca
24, 25 e 28/1
No dia 26 de novembro de 1942, ao fim da primeira sessão pública de Casablanca, os executivos do estúdio Warner respiraram aliviados. A calorosa recepção a este drama ambientado na II Guerra fez todos esqueceram sua conturbada produção. As filmagens tiveram início sem um roteiro fechado, com os atores recebendo suas falas no set. O elenco não entendia direito as orientações com o pesado sotaque húngaro do diretor Michael Curtiz, e o produtor Hal B. Wallis e o chefão do estúdio, Jack Warner, viviam às turras em razão de suas divergências sobre os rumos da trama. Nos papéis de suas vidas (é inacreditável que eles não tenham sido as primeiras opções para os personagens), Humphrey Bogart e Ingrid Bergman vivem Rick e Ilsa, casal separado na tomada de Paris pelos nazistas. Tempos depois, eles se reencontram em Casablanca, no Marrocos. Ele é dono de um bar, e ela chega com o novo companheiro, líder da resistência aos alemães. Rick e Ilsa ficarão juntos? Saberemos só ao final, em uma das mais memoráveis sequências da história do cinema. Casablanca consagrou frases emblemáticas, tanto as que são ditas ("Nós sempre teremos Paris"") quanto as que não foram, mas poderiam ter sido ("Toque outra vez, Sam") ao som de As Time Goes By . Ganhou três Oscar: melhor filme, direção e roteiro.
7, 8 e 11/2
Se Meu Apartamento Falasse
O diretor austríaco Billy Wilder fez sua fama como um dos gigantes do cinema apresentando filmes com humor refinado e cínico, nos quais o texto tinha tanta importância quanto a imagem. Com mordacidade, Wilder desafiva a censura e os códigos morais de Hollywood. Lançado em 1960, Se Meu Apartamento Falasse conta a história de um sujeito solteiro (Jack Lemmon) que ganha a simpatia de seus colegas de escritório emprestando o lugar em que mora para encontros amorosos. Ambicioso, faz uso do expediente para subir degraus na empresa. Mas a situação sai de controle quando ele se apaixona pela amante (Shirley MacLaine) de seu chefe. Ganhou cinco Oscar, incluindo os de filme e direção.
31/1, 1º e 4/2
Psicose
Alfred Hitchcock apresentou este que foi seu maior sucesso comercial em um momento emblemático da carreira. Seu projeto anterior, Intriga Internacional (1959), não havia tido a recepção esperada, e muitos críticos o viam em crise criativa. O mestre surpreendeu a todos com Psicose, produção de baixo custo que ele rodou em preto e branco com a mesma equipe que produzia seu seriado de histórias fantásticas na TV. Inspirado no livro de Robert Bloch sobre um serial killer americano, Hitchcock fez de Psicose mais um exemplo de sua genialidade. A começar pela brusca mudança de rumos na narrativa, após mostrar uma ladra em fuga (Janet Leigh, na foto) se hospedando em um hotel de beira de estrada gerenciado por um maluco (Anthony Perkins). Acompanhar o suspense crescente urdido pelo mestre na tela grande, com imagem e som perfeitos, promete ser uma experiência fascinante. Sobretudo quando chegar a famosa cena do chuveiro e as caixas de som explodirem com a arrepiante trilha de Bernard Herrmann.
14, 15 e 18/2
Rastros de Ódio
Entre os seis títulos dessa quinta temporada do Clássicos Cinemark, Rastros de Ódio é o que mais se impõe como programa obrigatório aos cinéfilos, em pleno Carnaval. Só quem já assistiu na tela grande a este faroeste lançado em 1956 pode dizer que o viu de fato. É um filme que só existe no cinema. Foi produzido no extinto sistema VistaVision, criado pela Paramount em 1954 para explorar ao máximo a largura da tela. Na época, Hollywood buscava inovações para amortecer a popularização da TV. O diretor John Ford e o ator John Wayne celebram a mítica parceria em um épico sombrio e melancólico que acompanha a longa jornada de um veterano da Guerra Civil para resgatar sua sobrinha (Natalie Wood). A garota foi sequestrada pelos índios que massacraram sua família, o que faz a missão do tio, sujeito racista, lançar reflexões morais e humanistas a respeito da formação dos EUA como nação.
21, 22 e 25/2
O Iluminado
Prestes a comemorar 35 anos de seu lançamento (em maio), um dos mais aclamados filmes de Stanley Kubrick assume proporções ainda mais assustadoras na tela grande. São ampliados o rigor cenográfico do diretor, a precisão dos movimentos de câmera, o impacto da trilha sonora e a assombrosa atuação de Jack Nicholson, como o zelador encarregado de tomar conta de um hotel em região remota durante o inverno. Em progressivo surto, o sujeito se torna uma ameaça para a mulher e o filho pequeno com poderes sentitivos. Adaptação de um livro de Stephen King, que não gostou da releitura de Kubrick e produziu sua própria, numa minissérie de TV de 1997 da qual ninguém lembra.
28/2, 1º e 4/3
De Volta para o Futuro
Este marco da cultura pop oitentista comemora, em julho, 35 anos - e estamos agora no 2015 vislumbrado no segundo capítulo da trilogia dirigida por Robert Zemeckis e estrelada por Michael J. Fox. Caçula da programação de clássicos, De Volta para o Futuro mostra a aventura de rapaz que, com a ajuda de um cientista, embarca numa viagem pelo tempo rumo aos anos 1950. Ao conviver com seus pais quando jovens, ele oferece o risco de alterar a vida de todos no futuro.