Gustavo Brigatti
Lindsey Stirling é daqueles típicos fenômenos de tempos recentes: nasce e se cria em alguma rede social, arregimenta uma legião de fãs e, quando se percebe, está rodando o mundo. Agora é a vez de o Brasil receber a norte-americana de 28 anos, que se apresenta nesta terça em Porto Alegre, no Teatro do Sesi.
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Como qualquer artista que trabalha música com imagem, Lindsey teve como nascedouro o YouTube. Em meados de 2007, ela criou um canal no site para colocar vídeos em que aparecia interpretando covers e canções próprias.
Nenhuma novidade, se a garota não se apresentasse tocando violino com uma base de dubstep e fazendo passos de balé. E tivesse uma irresistível queda por cultura pop.
Não demorou para ganhar milhões de visualizações e saltar das redes sociais para o mundo real. Depois de uma participação no show de calouros Americas Got Talent, em 2010, ampliou seu trabalho de versões - de hits como Starships, de Nicki Minaj, a temas de games como Halo e Skyrim - até lançar seu primeiro disco, em 2012. O álbum homônimo apresentou Lindsey a uma nova audiência - que é difícil de rotular.
- Meu fãs são muito diversos, sem dúvida - conta a instrumentista, em entrevista por telefone. - Tem gente que gosta de música clássica, de música eletrônica, de música pop. E eu amo isso, porque cada um deles traz uma energia diferente.
Sua música também não tem classificação óbvia. Violinista de origem (começou a tocar aos seis anos), interessou-se por rock na adolescência e descobriu as batidas eletrônicas um pouco mais tarde. Quando se deu conta, estava se apropriando de tudo isso.
- Meu processo criativo é bem confuso (risos). Às vezes eu começo com uma linha de violino, às vezes é com uma batida eletrônica e às vezes é a melodia que vem primeiro. O importante é eu estar dentro da música - diz.
Nesse caldeirão, Lindsey colocou elementos de cultura pop que a tornaram uma espécie de musa nerd: além de trilhas de games, aparece interpretando versões para temas de Star Wars, O Senhor dos Anéis e Pokémon. Mas ela também atira para outros lados, já tendo feito parcerias com a vocalista Lzzy Hale, da banda Halestorm, e com John Legend.
Para o show da noite desta terça no Teatro do Sesi, tudo o que a ruivinha promete é energia.
- Teremos muitas luzes, eu danço o tempo todo pelo palco e uso vários figurinos, tudo muito colorido e enérgico - adianta. - Apesar de muitas vezes parecer um concerto de rock, é um show que agrada a todo mundo, desde quem curte rock propriamente dito até fãs de música eletrônica e música clássica.
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