As vendas mundiais de música digital igualaram pela primeira vez as vendas físicas em 2014, estimuladas pelo sucesso dos serviços de streaming, anunciou a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).
A entidade, com sede em Londres, considera o avanço do streaming uma boa notícia para a indústria musical, que, no entanto, registrou queda de 0,4% nas vendas no ano passado, a US$ 14,965 bilhões.
Segundo a IFPI, pela primeira vez na história, o faturamento da música gravada procede por igual das vendas digitais (46%) e das vendas físicas (46%).
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O restante corresponde aos direitos de radiodifusão, de publicidade ou do cinema, entre outros.
Frances Moore, diretora geral da IFPI, acredita que o negócio digital vai superar o mercado físico nos próximos dois anos.
- Comprovamos que o streaming domina realmente o mercado digital e podemos imaginar que, um dia, a maior parte das vendas de música acontecerá neste formato - declarou.
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O fenômeno está vinculado às inovações tecnológicas e ao desenvolvimento dos smartphones.
As assinaturas de serviços de streaming - que permitem ouvir música de forma ilimitada - continuam sendo uma parte relativamente pequena da indústria, mas o faturamento aumentou 39% em 2014, a US$ 1,57 bilhão, de acordo com a IFPI.
De acordo com a entidade, 41 milhões de pessoas pagam por este tipo de serviço, como o Spotify ou o Deezer.
Para comprovar o boom do mercado, o rapper e produtor de hip-hop Jay Z acaba de lançar uma plataforma de música em streaming, o Tidal, que conta com o apoio de estrelas como Madonna e a dupla Daft Punk, mas provoca polêmica por cobrar mais caro que a concorrência em troca da promessa de conteúdo exclusivo e arquivos de melhor qualidade.
A IFPI tenta conseguir que páginas como o YouTube paguem direitos autorais, assim como os serviços de streaming. O estatuto de provedor de serviços de internet do site de vídeos, que pertence ao Google, permite uma isenção no pagamento de direitos autorais.
Um problema para a indústria musical, já que metade dos internautas que escutaram canções nos últimos seis meses fizeram isto em páginas como YouTube e Dailymotion.
* AFP