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O Estádio do Zequinha vem se consolidando como alternativa para espetáculos musicais de grande porte. Nesta quinta-feira, o local recebeu aproximadamente 16 mil pessoas para o Monsters Tour, que reuniu grande nomes do rock pesado: Motorhead, Judas Priest e Ozzy Osbourne, além da gaúcha Zerodoze.
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O som e a visibilidade mantiveram um padrão de alta qualidade ao longo da noite, sem decepcionar a plateia. Já o trânsito complicado, as longas filas no portão de entrada e a falta de banheiros frustraram o público, sendo pontos que precisam ser revistos para os próximos shows da casa.
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Confira a avaliação de ZH para os principais pontos do Estádio do Zequinha no Monsters Tour:
Infraestrutura
Foi um dos pontos mais negativos. O acesso pelo portão principal foi muito lento, resultando em filas que davam a volta no estádio. Fãs que chegaram em torno das 15h30min só conseguiram acessar o estádio mais de três horas depois, no meio do show da Zerodoze. Sem banheiros suficientes para tamanha plateia, a solução foi disponibilizar uma centena de banheiros químicos, mas a distribuição foi desigual: enquanto a pista premium contava com mais de 40 unidades, a pista tinha apenas 25, apesar da maior quantidade de público. O resultado foram filas de 10 a 20 minutos para acessar os sanitários no maior setor do show.
Trânsito
Será preciso facilitar seu acesso para que o Zequinha ganhe maior simpatia do público. Quem ia de ônibus desde a zona central de Porto Alegre até o estádio demorava cerca de uma hora no trajeto. Ir de carro poderia ser pior, tomando em torno de duas horas do condutor. Os principais pontos de congestionamento eram o Túnel da Conceição e a Avenida Sertório. Como o local não conta com estacionamento, deixar o carro nas proximidades também era uma dificuldade. Garagens, postos de gasolina e flanelinhas cobravam entre R$ 30 e R$ 50 dos motoristas.
Som e visibilidade
Quem conseguia driblar o trânsito e a longa fila para entrar no Monsters Tour acabava entrando em um espetáculo de alta qualidade sonora e visual. O som foi equilibrado ao longo de todos os shows, e na maior parte dos setores era possível ouvir com qualidade o que os músicos executavam no palco. Para quem estava longe dos músicos, dois telões laterais e um central replicavam as performances, sempre com nitidez e brilho adequados.