Patric Chagas
Usar dos conflitos de um idiossincrático ambiente familiar para personificar a surdez coletiva das relações cotidianas. Esse foi o mote da dramaturga britânica Nina Raine para escrever a perturbadora e divertida Tribos. Com Antonio Fagundes e grande elenco, a peça chega a Santa Maria para duas sessões com ingressos esgotados. Ela será encenada nesta quinta-feira, às 20h, no Theatro Treze de Maio, com reapresentação às 22h, no mesmo local. O espetáculo contará com intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) que traduzirá os diálogos do texto para surdos.
Filho de Antonio Fagundes fala sobre espetáculo que encena com o pai em Santa Maria
Montada sem incentivos fiscais ou parcerias, Tribos estreou em setembro de 2013. Após 11 meses em cartaz no Teatro Tuca, em São Paulo, a peça caiu na estrada, sob direção de Ulysses Cruz. A trama conta a história de Billy, um rapaz surdo interpretado por Bruno Fagundes. O pai do menino é Christopher (Fagundes), um professor culto que não admite a surdez do filho. Beth (Eliete Cigarini) é a mãe que, obrigada pelo marido, ensina Billy a ler lábios. A excêntrica família é completada pelos demais filhos do casal: Daniel (Guilherme Magon), um rapaz que ouve vozes estranhas e Ruth (Maíra Dvorek), uma cantora de ópera em pubs.