Nílson Souza
O incansável Caco Barcellos e sua equipe do Profissão Repórter mostraram nesta semana como vivem alguns dos 13 milhões de analfabetos brasileiros, homens e mulheres que enfrentam com dificuldade e constrangimento o cotidiano de uma sociedade organizada em torno das letras. Ninguém deveria se sentir envergonhado por não saber ler, até mesmo porque as pessoas que cresceram sem decifrar os códigos da leitura e da escrita, em sua maioria, esbarraram na falta de oportunidades e de estímulos. Mas a verdade é que o analfabetismo exclui. Na prática, iletrados viram cidadãos de segunda classe, ficam mais tempo desempregados, são menos valorizados no trabalho, têm dificuldade para se comunicar e até mesmo para fazer compras ou se deslocar sozinhos pela cidade.
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