Euforia e frustração. A organização da 61ª Feira do Livro de Porto Alegre, que será realizada de 30 de outubro a 15 de novembro, tem experimentado um misto de sensações nos últimos dias. Por um lado, a equipe comemora a conquista de importantes patrocínios mesmo em época de crise; por outro, lamenta não poder voltar ao Cais Mauá, retorno que seria uma das grandes novidades desta edição. De qualquer modo, o evento já tem algumas atrações confirmadas.
Dilan Camargo é o patrono da Feira do Livro de Porto Alegre
Espaço que tradicionalmente abriga o setor infantil e infantojuvenil, o Cais esteve fora das duas edições mais recentes da Feira devido a obras. Os organizadores previam uma volta triunfal para a área: ali estrearia o Teatro Carlos Urbim, com capacidade para 600 pessoas e programação para públicos de diferentes idades. Com as águas do Guaíba invadindo o local, a retomada ficará para o próximo ano.
A Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), entidade promotora da Feira, levará o teatro para a Praça da Alfândega, mas com capacidade para até 380 pessoas. Com a redução do espaço, a praça de alimentação especial para a área infantil foi limada e algumas atividades com turmas escolares devem ser canceladas.
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Já o orçamento da Feira não está sob mau tempo. Na semana passada, foi noticiada a possibilidade de que a Petrobras retirasse o apoio que dá ao evento desde 1998. No entanto, a parceria foi renovada depois de dias de negociação. Somando a verba da Petrobras e outros patrocinadores, a Feira deverá ter quase R$ 2 milhões em caixa neste ano. O valor é quase um terço menor do que o da edição anterior, mas está dentro do previsto.
- No ano passado, tínhamos uma efeméride, era a 60ª edição, algo especial. Além disso, todos sabemos que este não é um momento para grandes gastos - diz Marco Cena, presidente da CRL.
A programação ainda não foi divulgada, mas a CRL já adiantou algumas atrações internacionais e nacionais. Entre os confirmados, estão a francesa Annick Cojean, os portugueses Almeida Faria e José Luiz Peixoto, o espanhol Jaume Capdevila e os brasileiros Milton Hatoum, Lourenço Mutarelli e Sidarta Ribeiro.
