
Os casos do médico psiquiatra, doutor em psicologia clínica e psicanalista Carlo Antonini, vivido por Emílio de Mello, retornam ainda mais intrigantes e saem do consultório na segunda temporada de Psi, que a HBO estreia neste domingo, às 22h. Temas como violência doméstica, exorcismo e sadomasoquismo vão aparecer na série criada por Contardo Calligaris, psicanalista que assina também o roteiro e a direção-geral do projeto.
Na primeira temporada, Carlo estava insatisfeito em relação à rotina do consultório e buscava por casos mais interessantes. No primeiro episódio da nova temporada, o médico reencontra seu entusiasmo pela profissão após passar um ano morando na Itália.
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Ele volta ao Brasil para ser coordenador clínico de uma ONG chamada O Abrigo, voltada aos cuidados com vítimas de violência doméstica. Na segunda fase da série, Carlo ainda divide com sua amiga Valentina (Claudia Ohana) os pacientes da clínica, assim como casos instigantes envolvendo detentas de um presídio feminino, adolescentes de um colégio de classe alta e uma jovem possuída pelo demônio.
- Essa experiência de trabalhar com o Contardo é incrível. Os texto da série são difíceis, e ele facilita muito dando uma explicação plausível para cada conceito. Temos um cuidado palavra por palavra. Ele sabe que tem que ser rigoroso para a comunidade médica e, ao mesmo tempo, plausível para o público em geral - revela o protagonista Emílio de Mello, adepto da análise na vida real.
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Calligaris assina o roteiro ao lado de Thiago Dottori, e os 10 episódios desta temporada foram dirigidos por um time que inclui Laís Bodansky, premiada pelo longa Bicho de Sete Cabeças; Alex Gbassi, diretor da série O Hipnotizador, também da HBO; Tata Amaral, diretora dos premiados filmes Hoje e Antonia; Rodrigo Meirelles, diretor de A Vaga, série exclusiva do canal; e Max Calligaris, produtor associado.
Confira a entrevista:
Psicanalista e escritor, Contardo Calligaris é o criador e roteirista de Psi, série que mostra os dramas e dilemas do personagem que apresentou em dois romances - Um Conto de Amor e A Mulher de Vermelho e Branco -, Carlo Antonini. Calligaris conversou com o TVShow sobre a produção.
Qual o objetivo de Psi?
Não é uma série de consultório. A ideia é que ela torne a vida mais complexa para todos. Essa é a minha ambição. Tenho um certo preconceito com a normalidade.
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A série trata de temas complexos do mundo da psiquiatria. Como você escolhe os assuntos?
Nem tudo é entretenimento. Quando se lida com psiquiatria e psicanálise, temos de ser reais naquilo que contamos. Por isso, tenho um trabalho grande de leituras e discussões com colegas da área para elucidar bem as questões que serão abordadas. Após esse processo, converso com toda a equipe de direção e atores para construir bem o coração da série, que são os conceitos e seu texto.
Qual foi o maior desafio nesse processo?
O grande desafio da primeira temporada foi fazer a equipe entender qual é o papel do analista e sua relação com o paciente e com o mundo.
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* O repórter viajou a convite da HBO