Nílson Souza
As imagens daquela mancha cor de chocolate avançando por mais de 400 quilômetros em direção ao mar não poderiam ser mais apocalípticas. Do nada - ou melhor, da ganância, da negligência e da estupidez -, uma bomba de lama tóxica explodiu no coração de Mariana, primeira capital mineira e vizinha de Ouro Preto, ambas símbolos da exploração histórica de minérios brasileiros. O próprio nome da cidade é um atestado de domínio e submissão. Homenageia a austríaca Maria Ana, esposa de Dom João V, o rei português que se fartou com o ouro e os diamantes extraídos do Brasil.
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