Steve Jobs é tudo menos uma cinebiografia convencional. A história de um dos maiores gênios da informática e cofundador da Apple não é apresentada no filme, que estreia esta quinta na Capital, como usualmente Hollywood conta a trajetória dos homens notáveis, desenhando um arco cronológico que dê conta dos principais episódios da existência do personagem. Para traçar o retrato do cultuado inventor e empreendedor, o roteiro de Aaron Sorkin, premiado com justiça no último domingo com o Globo de Ouro, optou por concentrar a dramatização em apenas três momentos chave da carreira de Steve Jobs (1955 - 2011). A opção narrativa não empolgou o público americano, que talvez tenha achado o recurso sofisticado demais para falar de um ícone da cultura pop - mas Steve Jobs acaba sendo bem sucedido na difícil tarefa de lançar alguma luz sobre a complexa personalidade do visionário que revolucionou o mercado de computadores e a maneira como nos relacionamos com a tecnologia.