Gustavo Brigatti
Videogames são, em resumo, ir do ponto A ao ponto B. Claro, é possível fazer muita coisa nesse meio tempo. Nos chamados jogos de mundo aberto, a ideia é oferecer ao jogador o máximo de controle e liberdade possível. O jogador faz o que quiser, sim, mas só até por ali: em algum momento, ele terá que avançar na história. Porque sempre há uma história. Videogames também são sobre isso, sobre contar histórias. Histórias com começo meio e fim. Ponto A ao ponto B.
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Claro, é possível continuar brincando após o fim da história principal, seja completando missões paralelas, seja apenas desbravando o cenário. Mas é isso. A história que o jogo se propôs contar, já foi contada. O resto, quando muito, é encheção de linguiça para justificar o alto preço cobrado, multiplayer para curtir com os amigos até que o título caia no esquecimento e seja substituído por outro do gênero que, noves fora, é a mesma coisa.
Isso até a chegada de No Man's Sky.
O jogo da Hello Games, uma desenvolvedora independente com sede no Reino Unido, encara os videogames e o ato de jogar de uma nova perspectiva. Começa por oferecer, de fato, um mundo aberto. Não um mundo, mas vários mundos. Trilhões de planetas disponíveis para exploração. Cada um deles com sua própria geografia, clima, fauna, flora, recursos naturais e vida inteligente, criados com uma paleta de cores psicodélica que, não raro, lembram uma viagem de ácido lisérgico dentro da capa de algum disco do Baroness.