Roger Lerina
Ética de trabalho não é exatamente o atributo mais sedutor de um astro do rock. Quando esse ídolo é Bruce Springsteen, porém, essa qualidade em princípio "careta" converte-se em gasolina avivando uma fogueira de energia e rebeldia que não deve nada ao mais inconsequente roqueiro destruidor de quartos de hotel. O perfil desse peculiar operário do rock é traçado por suas próprias palavras em Born to run, autobiografia lançada agora no Brasil pela editora Leya. Batizado com o nome de um dos hinos de Springsteen – e também do terceiro disco do cantor, compositor e guitarrista, sucesso comercial que o lançou ao estrelato em 1975 –, o livro replica o fôlego de seu autor no palco, cujos shows nunca duram menos do que três horas: em 480 páginas, o leitor acompanha desde a infância do músico norte-americano na suburbana Freehold, em Nova Jersey, no começo dos anos 1950, até as gravações de seu mais recente disco, High hopes, lançado em 2014.
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