Na tarde desta segunda-feira, em julgamento realizado na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Corinthians foi absolvido por unanimidade pela 5ª Comissão Disciplinar do órgão, que não viu qualquer irregularidade na inscrição do novo contrato do meia Petros, no início de agosto. Procuradoria e terceiros interessados, no caso Internacional e Grêmio, podem recorrer ao Pleno do STJD.
Além da votação unânime dos auditores, chamou atenção a cobrança velada à Procuradoria feita por Márcio Amaral, relator do processo. Primeiro a votar, o auditor mandou um recado aos que levaram o caso a julgamento:
- Há um formalismo exacerbado. Classifico como uma ingerência excessiva da Justiça Desportiva no que é feito no campo - afirmou Amaral.
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O julgamento ocorreu porque o STJD não aceitou o pedido do Corinthians para arquivar o caso. O clube corria risco de perder quatro pontos (um conquistado no empate por 0 a 0 com o Coritiba e mais três) e ser multado em até R$ 100 mil. A Federação Paulista de Futebol e a CBF também foram denunciadas e poderiam ter de pagar até R$ 200 mil.
O processo foi aberto porque o nome de Petros no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF apareceu no dia 1º de agosto (sexta-feira), embora o contrato do atleta com o clube tenha começado a valer apenas no dia seguinte, sábado, dia 2 - o jogo contra o Coritiba foi no domingo, dia 3. Esse conflito de datas é que gerou o problema. A revelação do contrato controverso foi feita pelo LANCE!Net.
O auditor Gabriel Marciliano Júnior foi o relator da investigação pedida pela procuradoria do STJD e, além de infração do clube, ele também culpa FPF e CBF por não observarem os procedimentos de inscrição e registro previstos em regulamento.
O presidente da Federação Paulista, Marco Polo del Nero, reconheceu recentemente que uma funcionária da entidade confundiu-se ao fazer o registro do meia na CBF.
* Lancepress
