
Amigos, amigos; negócios à parte. O ditado popular se enquadra perfeitamente à situação enfrentada atualmente pelo técnico Mano Menezes e o presidente Mário Gobbi.
Pressionado interna e externamente, o treinador do Corinthians revelou ter deixado sua amizade com Gobbi de lado e colocado seu cargo à disposição do clube após a eliminação para o Atlético-MG na Copa do Brasil. O time paulista enfrenta o Inter no domingo, às 16h, no Beira-Rio.
Abel afirma que pressão no Corinthians é a mesma sofrida pelo Inter
- Embora sejamos amigos, em função do acontecido (derrota para o Galo), que ele ficasse à vontade se pensasse que deveria tomar outra decisão. É assim que trabalho, penso, e que devem ser conduzidas essas situações. Conversamos muito com os jogadores também. O mais importante é que temos confiança mútua para continuar. E por isso vamos continuar - afirmou o treinador em entrevista concedida no CT Joaquim Grava, nesta sexta-feira.
Leia mais notícias sobre o Brasileirão
Confira a tabela completa da competição
Internamente, a manutenção de Mano Menezes no cargo de técnico da equipe é praticamente insustentável. Apenas seu sólido relacionamento com Mário Gobbi e o "atraso" na eleição presidencial do clube impediram a demissão do treinador após a goleada por 4 a 1 sofrida diante do Atlético-MG. Externamente, torcedores protestam de diversas maneiras pedindo a saída ou o afastamento do comandante.
- Eu só pedi demissão uma vez na vida e foi em caráter excepcional. Não sou disso. Não vou fugir responsabilidade. No mínimo até o final do ano. A decisão cabe a eles. O presidente me passou a posição do clube, eu deixei ele à vontade. Somos amigos, não compadres. Eu trabalho dessa forma - disse Mano Menezes, lembrando sua saída do Flamengo, em setembro do ano passado.
Minutos antes de conceder entrevista no CT Joaquim Grava, Mano Menezes comandou treino sob protesto de torcedores na porta do centro de treinamento. A principal pauta da torcida, esclarecida por meio de cânticos e até mesmo nota oficial, diz respeito justamente à saída imediata do treinador.
* Lancepress