
A convite de ZH, Alice Bastos Neves, apresentadora do Globo Esporte RS, opinou sobre o caso envolvendo a bandeirinha Fernanda Colombo.
Erro de arbitragem é assunto recorrente nessas páginas, nas reportagens do Globo Esporte na TV, nas rodas de conversa por aí. Com eles, as críticas de jogadores, dirigentes, torcedores. São muitas câmeras, muitos olhos, que desafiam a decisão instantânea de um profissional. O jogo de futebol é decidido no detalhe e, sendo assim, o erro toma uma grande proporção. Pra evitar que ele aconteça, árbitros e auxiliares se preparam. Entre tantos, a Fernanda.
Fernanda Colombo troca Federação Catarinense pela Pernambucana
Nos tiros de corrida que fazem parte do teste para se tornar árbitra, ela perdeu o fôlego como todos os outros concorrentes, a maioria homens. Nas provas teóricas sobre as regras do futebol, ela teve que acertar o mesmo número de questões dos outros candidatos. E em campo, atuando, ela não errou ou acertou mais ou menos do que qualquer outro colega.
Então, por que as manchetes envolvendo Fernanda tem que vir acompanhadas de adjetivos que a diferenciam? Por que "a musa Fernanda errou" e não simplesmente "Fernanda errou"?
Se ela é uma mulher bonita, que chama atenção, melhor para o espetáculo. Mas, certamente, não foram esses atributos que a levaram a errar. Tampouco cabe julgar os motivos que a levaram a escolher essa profissão. Erro é achar que o futebol, uma representação da vida social, uma cultura de multidões que reúne milhares, ainda tem espaço pra excluir alguém.
*ZHESPORTES