A minoria cruz-maltina fez o grito de "eu acredito" ecoar no Allianz Parque neste domingo. O Vasco, contagiado pela torcida que lotou seu espaço na arena alviverde, jogou como gente grande sob o comando de Nenê, venceu o Palmeiras por 2 a 0 e tornou a busca pelo milagre da permanência na Série A um tanto quanto palpável, mais do que o sonho alviverde de chegar ao G-4.
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Com mais quatro jogos a serem disputados, os cariocas agora têm dois pontos a menos que o Avaí, primeiro time fora da zona da degola (33 a 35). Já o Palmeiras, nono colocado, terminará o domingo com ao menos cinco pontos de desvantagem para o quarto colocado. A final da Copa do Brasil, contra o Santos, vai se consolidando como última esperança de terminar 2015 com algo a festejar.
Um desavisado poderia imaginar que os cruz-maltinos estavam jogando em casa. Ou que é o Vasco quem briga pelo G4 e estava diante do último colocado. Jorginho armou um time equilibrado, com Diguinho, Serginho e Andrezinho marcando no meio de campo para Nenê jogar e municiar Rafael Silva e Riascos.
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A superioridade transformou-se em gol aos 34 minutos do primeiro tempo. Rafael Silva, dono de notável vocação para o heroísmo, aproveitou escanteio cobrado por Nenê e um cochilo de João Pedro para marcar de cabeça. Seis minutos depois, Rafael brigou com a defesa e foi Nenê quem aproveitou um vacilo alviverde - desta vez de Vitor Hugo - para balançar a rede.
O lance do segundo gol foi um retrato da atuação do Palmeiras, um time bem mais desorganizado e aparentemente bem menos interessado que o adversário. Antes de Vitor Hugo tropeçar sozinho, Egídio e Thiago Santos foram presas incrivelmente fáceis em divididas.
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Marcelo Oliveira queria ver um Palmeiras criativo com apenas um volante ao lado de Zé Roberto e Robinho, mas a dupla teve tarde improdutiva. Kelvin, que não jogava há mais de um mês, foi a alternativa encontrada no intervalo, no lugar de Rafael Marques, mas suas arrancadas pouco acrescentaram. Até Fellype Gabriel, que não jogava futebol há mais de um ano, foi para o jogo, mas em nenhum momento foi possível ver a criatividade desejada. A melhor chance verde veio de um escanteio, com Thiago Santos cabeceando no travessão. Pouco, muito pouco.
*LANCEPRESS
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