
No desenho A Era do Gelo, o mundo glacial é rachado ao meio por uma trapalhada do jurássico esquilo Scrat. O mundo Gre-Nal esteve rachado várias vezes, fato. Mas poucas vezes se viu uma diferença tão grande.
É verdade que o Inter campeão do mundo em 2006 via no vizinho um concorrente ainda tentando se reerguer do emblemático retorno da Segunda Divisão. Mas, mesmo naquele ano, o Grêmio conquistou o Estadual em cima de um Inter que ainda se montava para ganhar a primeira Libertadores.
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É igualmente verdade que o Inter não perdeu para o Grêmio em 2017. E talvez nem se reencontrem mais. Mas enquanto o Grêmio vem da conquista da Copa do Brasil, segue em frente na Libertadores, está a ponto de roubar do Corinthians a liderança do Brasileirão, além de ser apontado merecidamente como o melhor time do país no momento, o Inter se debate na Série B.
Sequer consegue ingressar no G-4 de um torneio de nível medíocre, nos dois últimos jogos deu apenas um chute na direção do gol, não se sabe quem é o time titular, tem de pagar quase R$ 1 milhão à CBF por uma punição que por pouco não significou a ejeção da temporada, além de já ter trocado de treinador com seis meses de temporada.
O fim de semana que se avizinha, então, será emblemático. Enquanto o Grêmio receberá o Corinthians, em um jogo que vale a liderança do Brasileirão, o Inter vai ao caldeirão do Bento Freitas, enfrentar o Brasil-Pel, em um jogo de Gauchão válido pela Série B.
Poucas vezes o mundo Gre-Nal esteve tão, mas tão separado.
*ZHESPORTES.