Bruno Felin
Os cânticos argentinos parecem rodar em looping há pelo menos 72 horas na Cidade Baixa, no entorno do Beira-Rio e onde mais um bar estiver aberto em Porto Alegre. Cerca de 2,5 mil pessoas tomam a Cidade Baixa nesta quarta-feira. Incansáveis, os vizinhos comemoram a vitória sobre a Nigéria com ainda mais gana à noite.
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No epicentro da folia, as esquinas das ruas Lima e Silva e República, aquela canção parece soar infinitamente. Apesar de algumas confusões, o clima segue o mesmo dos últimos dias, mas ganhou em intensidade. Afinal, eles venceram, Lionel Messi deu show, não podiam esperar algo melhor. A BM informa que não houve nenhum incidente até as 20h.
Um argentino de Córdoba, com pernas de pau nos pés, intitulado o Messi Superpoderoso, destaca-se em meio ao fuzuê. O super-herói, Luciano Carrizo, 32 anos, usa uma armadura iluminada por lâmpadas de LED cheia de gambiarras e fios aparentes, quase um exosqueleto amador. Ele é acompanhado por três amigos.
Luciano quer usar seus poderes para arrancar "una plata" para comer, segundo o vizinho e companheiro de empreitada Ariel Cabrera, 38 anos. As pessoas tocam o círculo em seu peito e a armadura se ilumina.
Foto: Adriana Franciosi / Agência RBS
- Se conseguirmos alguma coisa de fundamento, poderemos seguir no Brasil - contou, confiante, o parceiro, responsável por tomar conta da fiação perigosa que ilumina a armadura de Messi Superpoderoso.
A gangorra está meio desequilibrada. A maioria dos argentinos e gaúchos estão dando pouca atenção ao personagem, uns gritaram "boludo, boludo", mas uma senhora chegou a dar R$10 como contribuição.
Em campo, Messi deu show, na rua, Messi Superpoderoso tenta a sorte para que a Copa do Mundo não termine mais cedo para o quarteto.
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