Faltou pimenta para a Seleção. Pimenta e futebol. Outra vez, ficamos devendo. Se houve alguma injustiça neste 0 a 0 foi com os mexicanos. Eles, sim, produziram para vencer. Embora tenham levado perigo - muito, aliás - sempre em chutes de fora da área.
A Seleção Brasileira foi sem inspiração. Teve lances pontuais, com Neymar, e mais nada. Partiram dele as melhores jogadas, como o cabeceio no primeiro tempo e o chute de dentro da área depois de matar a bola no peito no segundo.
Seleção não joga bem e só empata com o México
Parece ironia, mas nosso craque usa a camisa 10 e o que mais nos faz falta é um camisa 10 clássico, daqueles que colocam a bola sob o pé, que fazem o time controlar a respiração e pensar nos melhores caminhos para o gol. Carecemos desse jogador.
Oscar até foi um pouco camisa 10 contra a Croácia. Assumiu o jogo como adulto, desequilibrou e desmontou a marcação adversária. Já contra o México ficou bem distante disso. Aliás, não só ele. Paulinho quase se arrasta em campo. O volante que o Tottenham nos devolveu não é nem sombra daquele que levou há um ano, ao custo de 20 milhões de euros. Um jogador como ele, que ataca e defende com qualidade, deixa o time capenga quando está em baixa. Luiz Gustavo é quem segura as pontas neste meio-campo. Havia sido destaque na estreia, repetiu em Fortaleza.
Talvez tenha passado por Paulinho a escolha de Felipão por Ramires para o lugar de Hulk. O técnico precisa encontrar urgente o equilíbrio do time. E isso passa por um meio-campo forte. Com o que estamos bem longe de contar no momento.
Em tempo: Willian despontou como a grande novidade do período de treinos. Estranha que tenha entrado apenas aos 38 minutos do segundo tempo.