Quatro milagres do goleiro mexicano Francisco Ochoa, 28 anos, que deixou Jesús Corona, 33 anos, na reserva, segurou o empate com o Brasil, em Fortaleza. O 0 a 0 frustrou os brasileiros. As incríveis defesas, porém, não podem ocultar a má atuação do Brasil. A decepção é nacional.
A Seleção apresentou um futebol desanimador. Quando falhou o coletivo, os jogadores diferenciados não apareceram. O único, Neymar, fez uma partida discretíssima. O título se afasta aos poucos. O time brasileiro é um deserto de talentos, lotado de jogadores medianos.
Seleção não joga bem e só empata com o México
Parece ironia, mas nosso craque usa a camisa 10 e o que mais nos faz falta é um camisa 10 clássico, daqueles que colocam a bola sob o pé, que fazem o time controlar a respiração e pensar nos melhores caminhos para o gol. Carecemos desse jogador.
O Castelão, lotado, não perdoou. Estendeu uma vaia aos jogadores. O Brasil decepcionou outra vez, sem que um juiz japonês corresse em seu auxilio como na partida contra a Croácia, na semana passada, em São Paulo.
O México é uma das raras seleções que não teme o Brasil. Disputou uma final Olímpica, em 2012, em Londres. Ganhou. Resolveu encarar a Seleção de frente no segundo jogo da fase de grupos da Copa do Mundo. Dominou parte do jogo, poderia ter saído com a vitória. Um 2 a 2 teria sido o resultado mais justo, mais de acordo com o retrato dos 90 minutos.
Falta ao Brasil velocidade, jogadas pelas laterais, criatividade no meio-campo. Felipão errou ao usar Ramires no lugar de Hulk. Poderia ter chamado Willian. A equipe ficaria com mais opções em todos os sentidos. A baixa produção ofensiva de Daniel Alves e Marcelo reflete diretamente na produção do ataque. Fred parecia uma ilha, isolado. A presença de Bernard, que substituiu Ramires, não ajudou um milímetro sequer o ataque.
Felipão precisa repensar o time, encontrar soluções, especialmente no meio-campo e no ataque. Neste ritmo, a queda é certa na segunda fase.