David Coimbra
E as críticas vieram e, junto com as críticas, a pressão do ambiente. Eles estavam em casa, sob as vistas de seus amigos, familiares e desafetos. O país esperava tudo deles. Mas eles não estavam preparados, eles não tinham uma ideia pálida do que representava disputar uma Copa do Mundo dentro do seu próprio país.
Foi o que percebi, naquele jogo com o Chile. Por isso, senti pena. Os jogadores estavam desamparados inclusive por sua comissão técnica. Faltou proteção tática ao time na partida contra a Alemanha. O Brasil não poderia enfrentar aquela bem azeitada máquina de jogar futebol com apenas três jogadores no meio-campo. Foi um erro fatal.
Cometido o erro, veio o primeiro revés. Vindo o revés, somado à tensão acumulada, veio o descontrole; vindo o descontrole, veio o desastre. Neste sábado, contra a Holanda, o Brasil tem, apenas, de evitar novo desastre. Um meio campo bem fornido, com três volantes e dois meias; um deles, Oscar, um pouco mais liberado para se juntar ao homem de frente, sendo este talvez Hulk, um esquema assim parcimonioso pode dar a vitória ao Brasil.
É pouco para o Brasil o terceiro lugar, sobretudo depois do fiasco de terça, mas vencer é sempre um alívio, embora essa dor, todos sabem e sempre temeram, jamais passará.
BRASIL
Julio César (Jefferson); Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Ramires, Paulinho, Oscar e Willian; Jô
Técnico: Luiz Felipe Scolari
HOLANDA
Cillessen; Janmaat, Vlaar, De Vrij, Martins Indi e Blind; Wijnaldum, Kuyt e Sneijder; Robben e Van Persie
Técnico: Louis Van Gaal
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)
Local: Mané Garrincha, Brasília, às 17h
O JOGO NO AR
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