
Dois dias depois da eliminação brasileira na Copa do Mundo, o atacante Neymar, que não atuou por conta de uma lesão na coluna, concedeu uma entrevista coletiva de 40 minutos em seu retorno à Granja Comary.
VÍDEO: Neymar chora durante entrevista coletiva
Confira a íntegra da entrevista:
Reencontro com os companheiros
Boa tarde a todos. É, estou muito feliz por ter voltado a reencontrar os meus companheiros. É claro que em uma situação ruim, mas só de eu ter a oportunidade de estar andando, de rever os meus companheiros. E foi o que eu falei para eles: nós começamos juntos isso aqui, então vamos terminar juntos. Eu voltei para terminar junto com meus companheiros, independente do que aconteceu. O que importa é que estamos fechados, unidos e vamos terminar honestamente, honrando a camisa que nós amamos e que sempre sonhamos em vestir. E é isso que vamos fazer nesse sábado. O que eu espero daqui para frente é que nós sejamos alegres como sempre. Não é por causa de uma derrota, praticamente histórica, que temos que andar de cabeça baixa. Faz parte do futebol, é o esporte. Você está ali dentro do campo para ganhar ou para perder. E eu sou um cara que não gosto de perder de jeito nenhum, nem em bolinha de gude, muito menos no esporte que eu amo. É doloroso, vai doer por muito tempo, mas vai passar. E dias melhores virão, vamos fazer de tudo para devolver a alegria ao povo brasileiro, para nossas famílias, e, principalmente, para os nossos rostos. Se você olhar para cada jogador, você vê que o semblante é de tristeza, chato. E espero que a gente possa voltar a sorrir o mais rápido possível. E voltando para cá, o que mais me deixou contente, o que mais me deixou feliz que, mesmo embaixo de chuva, tem pessoas aplaudindo, gritando o nome dos jogadores. Depois de uma derrota feia. Eu agradeço a todos os torcedores que vieram aqui, aos que nos apoiaram até o final, que nos incentivaram. Assumimos a responsabilidade de ter perdido um jogo, só não é hora de baixar a cabeça. Vamos levantar, vida que segue, um dia após o outro, dias melhores virão, e espero que a gente possa voltar a ser feliz o mais rápido possível.
O que você viu e como se imaginou na partida?
Foi uma coisa inacreditável, inexplicável. Então não tem o que explicar. Foi um apagão que teve na nossa equipe, acabamos tomando gols, e fica difícil de reverter. Eu acho que não existe um "se", se eu estivesse em campo. É muito fácil falar depois da partida, depois do lance, depois que as coisas acontecem. É difícil você estar dentro do campo. Eu já passei por isso e sei como é conviver com um apagão dentro de campo. Você não consegue se organizar, você não consegue acertar um passe, você não consegue fazer nada. Você tem que torcer logo para que acenda a luz rápido. Não tem explicação. Eu não vim aqui para explicar o que aconteceu na partida porque eu não sei. Perguntei para eles, falei com eles, e eles disseram que não tem como explicar. Se eles, que estão dentro de campo, os caras que estavam correndo, não conseguem explicar, quem sou eu, quem somos nós, para explicar. Nós só temos que lamentar a derrota, que ficar tristes, sim. Todo mundo queria o título. Se vocês pararem para fazer a convocação novamente, 90, 95%, quase 99%, vão ser os mesmos jogadores. Não é por causa de uma derrota, da perda de um título, que todos os jogadores são ruins. Aconteceu. É inexplicável, não tem o que falar. Faz parte do futebol. Pode acontecer de tudo, tomar uma goleada, se machucar, a fazer uma goleada, a ser expulso, a tomar cartão amarelo. Quem está dentro de campo está disposto a tudo. Infelizmente aconteceu com a gente. A gente não queria passar por isso. Principalmente por causa das nossas famílias, que acabam sofrendo mais do que nós. A gente consegue assimilar tudo, a gente é forte o suficiente para aguentar tudo, mas você ver a sua família chorando, o seu filho chorando, não é legal. Você ver pessoas que você não conhece chorando. É difícil.
Gostaria de acordar na Rússia em 2018?
O que eu queria era estar em campo com meus companheiros agora. Fizemos de tudo para conseguir, para ter a possibilidade de ser campeões no nosso país, de marcarmos o nosso nome na história de uma forma positiva. Falhamos, erramos, deixamos a desejar. Sabemos que não fizemos uma campanha boa, não demonstramos o nosso melhor futebol, um futebol de Seleção Brasileira. Demonstramos um futebol regular, por isso chegamos às semifinais, mas não um futebol de Seleção Brasileira, que encanta a todos. Aconteceu, já passou, agora é encarar o jogo de sábado como se fosse uma final.
Apoio popular
Uma das piores semanas que eu já tive. Se eu fosse imaginar uma semana ruim, eu não imaginaria uma semana tão ruim como essa, foi pior do que eu poderia imaginar. Mas não está sendo tão horrível assim por causa das mensagens das pessoas, por causa do incentivo da minha família, dos meus amigos, que vêm sendo importante, dos meus companheiros, principalmente. Essas pessoas que vêm me ajudando nesses dias de luta, de dificuldade, eu espero que essa semana, que tudo passe muito rápido. Mas vai ficar tudo de aprendizado. Quando acontece alguma coisa de ruim e a gente para para pensar e pergunta o porquê de tudo isso, conversa com Deus, mas Ele sabe de todas as coisas. Se Ele permitiu que acontecesse isso, tinha que acontecer.
O que tem a fazer de diferente?
O que eu sempre faço. Sempre tento ter o algo a mais. Se eu treino hoje bem, amanhã eu quero treinar melhor ainda. E tem que ser assim, fazer mais coisas, treinar mais, me dedicar mais, fazer tudo a mais para que eu possa estar daqui a quatro anos na Copa do Mundo novamente. Fomos fracassados, sim, perdemos, mas faz parte do futebol. Não queríamos perder dessa forma. Pelo menos eles correram, estavam perdendo de seis, sete a zero, e não pararam de correr. Correram como homens, se dedicaram até o final. E isso eu sinto orgulho. Eu falo para eles, eu admiro cada um desses caras que estão aí, todos eu vi jogar quando eu era menor. E são pessoas que eu passo a admirar ainda mais, porque depois dessa derrota, a gente se sente humilhado, envergonhado. Porque a gente não queria isso, porque a gente tem família. Não tenho vergonha de ser brasileiro, e não tenho vergonha de dizer que eu faço parte dessa equipe que perdeu de 7 a 1. Não tenho vergonha nenhuma. A única coisa que eu tenho para falar é que eu tenho orgulho dos meus companheiros. De falar que eu joguei com o Thiago Silva, de falar que eu joguei com o Fred, que eu joguei com o Julio César, porque são espelhos para mim, são jogadores que eu admiro não só por serem talentosos, por serem famosos, mas eu admiro como pessoas, porque eu conheço cada familiar que tem ali atrás, cada filho, e isso é de onde a gente tira a nossa motivação. Do carinho que a gente encontra pelas ruas, da nossa família, e até mesmo de todos vocês jornalistas. Vocês sabem que, querendo ou não, todos são torcedores, nós também somos. E isso tudo faz parte. Se Deus permitiu que isso acontecesse, a gente vai aprender com tudo isso, como eu já aprendi quando eu errei. Foram atitudes da minha parte que não eram certas no momento, e eu já pedi perdão, aprendi, e hoje eu sou um cara que sofreu, que batalhou, e que estou buscando o melhor para a minha vida, e vou seguir buscando, juntamente com a minha família, com meus companheiros. A gente espera ser feliz.
Categorias de base no Brasil
Quando estive na base, aprendi os fundamentos do futebol. Eu acabei fazendo coisas que eu não fazia no treino, ou aprendia de maneira errada, em casa. Estava conversando com meu pai, estávamos vendo uns lances de futebol, e eu disse: "Pai, você lembra quando eu fazia no campinho de casa os movimentos de fundamento, de driblar um cone?". Eu aprendi com um cara que, vocês não conhecem como treinador, mas que foi um dos caras mais importantes da minha vida, foi até melhor que muitos treinadores que eu já tive. Aprendi mais com ele em casa do que com qualquer treinador. A gente acaba aprendendo de forma errada. Eu via meus companheiros fazendo de forma errada. Eu não posso falar porque não sou treinador, sou só um atleta que tive uma felicidade muito grande de ter uma pessoa que me ensinou, não só no futebol, mas na vida também. Eu fui um cara sortudo.
Final da Copa
Agradeço o carinho, as mensagens, de todo mundo. Não tive a oportunidade de agradecer cada visita, dos meus amigos me ajudando a tomar banho, a me vestir. Agradeço a todos, namorada, todos foram importantes nesse quesito recuperação. E acho que é merecimento de Alemanha e Argentina por terem chegado à final. Desejo sorte às duas equipes. Espero que vençam meus companheiros, que eu tenho dois na Argentina, Messi e Mascherano, e eu acho que para o futebol, pela história que o Messi tem, de ter conquistado muita coisa, por ter conquistado quase tudo na carreira, ele merece sim ser campeão. Estou torcendo sim por ele, porque é um amigo, é um companheiro, e desejo muita sorte.
Vou tirar de lição tudo, momento de concentração, de treinamento. Eu tenho que fazer tudo mais. Você vê que uma Copa do Mundo hoje é muito nivelada. Então, para você alcançar o título, tem que ter o algo a mais. O que eu vou levar, principalmente como ser humano, tirando o atleta, é o convívio. Quando se tem mais de duas pessoas, é difícil. Alguns raciocínios não se batem, algumas atitudes não se batem. Você fala: "o cara está fazendo isso, eu não estou gostando", e você já fica de cara feia, e eu vou levar que aprendi muita coisa. São 23 jogadores, mais a comissão técnica, que vêm se dando bem. É o que eu falei desde o início, a gente começou isso junto, é uma história bonita, que a gente construiu, lá atrás, ao longo de todo esse tempo, resgatamos a alegria do povo brasileiro com o futebol. Porque eu tive isso, eu tive um momento na Seleção que fui vaiado, fui questionado. Hoje, a gente vê o carinho que os torcedores têm pela gente, de estar incentivando com uma foto, com uma palavra, com uma mensagem. Foi uma história muito bonita que construímos até aqui. Não é por causa de uma derrota, de uma goleada que sofremos, que essa história vai ser terminada. É uma continuidade da história que a gente está traçando na Seleção Brasileira, nesse século. Na minha história, já fui vaiado, fui aplaudido e estou criando essa história. Hoje eu faço parte de uma Seleção que vai fazer história. Hoje, infelizmente, vamos ficar marcados por uma goleada. Eu acho que é um pouco de injustiça se ficarmos marcados por isso como aconteceu com 1950, com o Barbosa, que foi uma injustiça. A gente tem que dar uma volta por cima, voltar a sorrir. Não podemos ficar de cara feia, chorando todos os dias. Já passou, já sofremos, já choramos o que tínhamos que chorar. Agora é voltar a sorrir novamente. Tem que treinar, tem que se dedicar. Tem que entrar em campo no sábado e vencer a partida pela nossa família para terminar essa caminhada.
O lance da lesão
Foi um lance que eu não concordo, não aceito. Não vou falar que foi na maldade, que foi desleal, porque eu não estava na cabeça dele para saber disso. Mas todo mundo que entende de futebol, todo mundo que sabe que é uma entrada que não é normal você fazer. Quando você quer fazer uma falta para parar o jogo, para quebrar um contra-ataque, principalmente quando o cara está de costas, você chuta o tornozelo, segura, empurra, mas da forma que ele veio, e da forma que a bola estava chegando, foi uma entrada que não é de situação de jogo, não tem como. Muitos de vocês falam que eu sou cai-cai, já tive o rótulo. E eu nem ligo para isso. Porque quando eu estou de frente, quando eu tenho a visão periférica, eu consigo me defender, como eu venho me defendendo até hoje. Mas de costas, eu não consigo me defender. A única coisa que pode me defender é a regra. Se tem uma regra, você tem que ser protegido dentro de campo. Foi um lance que eu não tinha como me proteger, e acabei me machucando. Se fosse dois centímetros para dentro, eu hoje (choro). Desculpa, desculpa, desculpa. Eu poderia estar em uma cadeira de rodas, né? Então é complicado você falar de um lance que, em um momento tão importante da minha carreira, fez eu acabar sofrendo. Faz parte, aconteceu, vida que segue.
Desculpa a Zúñiga
Eu desculparia sim. Eu não tenho rancor dele, não sinto ódio. Não sinto nada. Ele até me ligou no dia seguinte me pedindo desculpas, me falando que não queria me machucar, que sentia muito. Falou um bocado de coisa legal. Tanto que eu não sinto ódio, eu desejo que Deus abençoe, que ele tenha sucesso na carreira dele e tudo de melhor. Acompanhar o jogo pela TV é muito ruim, não gosto de torcer, não gosto de ficar de fora, de assistir na arquibancada. Por isso eu procuro não assistir a jogos. Mas como eram os meus companheiros, a minha Seleção, eu tinha que assistir, como todo o brasileiro, e virar mais um torcedor. Acompanhar pela TV é muito ruim, porque você não tem como fazer nada, só tem como torcer. E eu acho que é um momento diferente daquele Santos e Barcelona para um Brasil e Alemanha. Foram duas goleadas, mas foram diferentes. Essa não tem explicação, o que aconteceu com o Brasil, tomar quatro gols em seis minutos. É uma coisa inexplicável, não vim aqui para explicar isso, não tenho palavras para te dizer.
Declaração de Wagner Ribeiro sobre o Felipão
Você sabe que a final não tinha como, o Runco já tinha falado que eu estava fora. Por isso eu fui para casa, com a minha família, porque para mim e para os meus companheiros seria até pior eu ficar com eles. Eu não teria força para incentivá-los, nem para me incentivar, porque eu estava machucado em um momento tão importante. Eu não ia conseguir, porque eu queria estar com eles. Só de vê-los treinando hoje já me deu uma saudade, um aperto no coração grande. Imagina se eu ficasse aqui essa semana inteira.
Sobre o Wagner, existem dois caras que respondem pelo que eu falo. Sou eu e o meu pai. E tudo o que a gente falar, a gente vai assumir. O que sai da boca do Wagner é explicação dele, ele tem que tomar atitude pelos seus atos. É uma pessoa que eu tenho um carinho muito grande, uma pessoa que eu admiro, mas com essa atitude dele eu não concordo, não aceito, e se eu vê-lo hoje eu vou xingar, sim, porque eu não aceito o que ele falou. Mas aí é ele que tem que responder pelos atos dele. Quando se trata da minha pessoa, sou eu ou o meu pai que fala.
O futuro da Seleção
Essa equipe merecia muito ser campeã. Se tinha potencial? Acho que tinha até mais do que eu esperava. Eu já falei várias vezes que dos 23 jogadores que estão aí, qualquer um joga em qualquer time grande do mundo. O que eu mais fico triste pelo que aconteceu, não só pela derrota, por não ter conquistado o título, é que a gente não merecia sair dessa forma. Esse grupo não merecia. O meu choro após o jogo não foi pela derrota. Foi porque os meus companheiros não mereciam perder daquela forma, estar passando por isso.
Nós brasileiros, principalmente a imprensa brasileira, tem uma mania um pouco errada de que quando se perde tem que mudar. Quando se perde tem que mudar o jogador, tem que mudar o treinador. E no futebol não é assim, eu aprendi que não é assim. Eu sempre convivi com isso. Ah, perdeu esse treinador tem que sair porque ele é ruim. Não, gente, a gente aprende na derrota também. Não estou falando que não tem que mudar nada aqui, só estou falando isso. Só estou falando que essa mania que nós temos de ter que mudar quando se perde, isso não é assim. Quando se perde, tem que corrigir. E corrigindo é que se vai trabalhando, vendo onde se errou.
Momentos
Agradeço o carinho de todas as crianças, vi vídeos de famosos, de não famosos. Foi daí que eu tirei forças. Num dos momentos mais difíceis da minha vida, em um dos momentos que eu mais esperava, e eu fui barrado de tentar alcançar o meu sonho. Mas isso me deu força, o carinho dos filhos de todo mundo, das pessoas, para erguer a cabeça e voltar a campo e jogar futebol novamente.
Me falaram disso (que o Zúñiga falou algo a ele minutos antes do lance da lesão), só que eu não lembro. Não lembro se ele estava falando comigo, ou com o companheiro dele. Não lembro de verdade, não estou querendo colocar polêmica, nem falar nada. Infelizmente eu não lembro mesmo.
A torcida por Messi e Mascherano
Claro que se você parar para pensar, pô, um brasileiro torcendo para a Argentina. Não estou torcendo para a Argentina, estou torcendo para dois companheiros e para uma pessoa que eu passei a admirar ainda mais por estar ao lado dele todos os dias. É um jogador que eu tinha como espelho, como ídolo, por suas habilidades dentro de campo. E ali eu passei a admirá-lo como pessoa, e ver que nos treinos, ele é tão mais especial que nos jogos. Você falar que eu sou Messi Futebol Clube, eu sou. Tinha brincado com ele que queria a Argentina na final porque o Brasil chegaria na final. Mas infelizmente não chegou, então eu desejo toda a sorte do mundo para ele, para o Mascherano, que são dois companheiros, duas grandes pessoas. Pela história que os dois têm no futebol, eles merecem.
Desvalorização da Seleção
Quem falou que a Seleção Brasileira não era mais a seleção nacional, não tem nem o que explicar. Está falando bobagem, está falando besteira. A Seleção Brasileira vai ser sempre a Seleção Brasileira. Vai ser sempre o país que encanta a todos com seu futebol, independente do que aconteceu, independente se estiver perdendo, vai ser um país admirável. E nós jogadores vamos seguir fazendo de tudo para ser. Até ontem, éramos cotados ao título, a chegar à final. E só por causa de uma derrota, vocês vão falar que a Seleção não é mais a seleção nacional? Não concordo. A Seleção Brasileira vai ser sempre a Seleção Brasileira sim, independente de ter perdido por goleada. A gente está disposto a tomar goleada, perder, ganhar, ser expulso. Mas desrespeitar, eu não concordo.
Próximo sonho
Próximo sonho? Meu próximo sonho é ser feliz novamente, voltar a jogar. Voltar a dar alegria ao povo brasileiro, aos meus companheiros. Voltar a dar alegria às crianças. O meu sonho não acabou, não. O meu sonho sempre foi encantar a todos com o meu futebol, fazer todo mundo feliz. Por isso sempre joguei sorrindo, sempre treinei sorrindo, sempre vim para a coletiva sorrindo, sempre fiz tudo sorrindo. E não é por causa de uma derrota, de uma perda na Copa do Mundo, que eu vou deixar meu sorriso ir embora. Ele pode se fechar por um dia, por alguns minutos, mas para sempre, não. Pode ter certeza que amanhã a gente volta a sorrir. Valeu, galera, obrigado.
Confira o vídeo feito pela CBF TV com os principais trechos da entrevista e o retorno de Neymar à Granja Comary: