
Como a Argentina pode ganhar a final da Copa do Mundo, no Maracanã, neste domingo, é senso comum: com uma grande atuação de Messi.
Multiplique por 11 e você terá a quantidade de opções da Alemanha para conquistar o tetracampeonato mundial. Claro que nenhum jogador alemão tem o talento do camisa 10 argentino, quatro vezes o melhor do mundo. A força da seleção alemã está no conjunto.
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Diferentemente de Alejandro Sabella, o técnico Joachim Löw tem um grupo homogêneo em mãos. Com exceção de Höwedes e Boateng, bons zagueiros, a qualidade técnica dos outros titulares se equivale. Não à toa, dos 10 candidatos à Bola de Ouro da Fifa, quatro são da Mannschaft: Hummels, Lahm, Kroos e Thomas Müller. E Neuer disputa o prêmio Luva de Ouro, de melhor goleiro.
Apesar do bom momento, as duas gerações do futebol alemão que entram em campo no Maracanã foram calejadas pelas derrotas - pelo menos com a seleção. O goleador Klose é o único que disputou a final do Mundial de 2002, contra o Brasil.
Outros quatro (Lahm, Mertesacker, Schweinsteiger e Podolski) estão na equipe desde a eliminação na semifinal da Copa de 2006. Kroos, Özil e companhia sofreram as quedas nas semifinais do Mundial de 2010 e da Euro de 2012. Os fracassos deixam a torcida e a imprensa alemã ressabiadas.
Foto: Gabriel Bouys/AFP
A experiência de sentir o gosto da derrota, no entanto, parece ter deixado o grupo ainda mais forte psicologicamente. Mesmo em partidas difíceis como as contra Argélia e França, os alemães não mostraram nervosismo ou afobação.

Após sofrer a maior goleada da história da Seleção Brasileira, Felipão justificou a força da Alemanha pelo entrosamento de longo prazo. É verdade, mas em parte. A seis dias da abertura da Copa, Löw perdeu um dos principais jogadores da equipe. O meia-atacante Marco Reus, do Borussia Dortmund, se lesionou no último amistoso preparatório.
A baixa fez o técnico alemão mudar o sistema tático para a estreia no Mundial. Contra Portugal, o treinador deixou de lado o 4-2-3-1 que utilizou durante toda a Eliminatória, e distribuiu o time no 4-1-4-1 atual. Uma lesão no joelho esquerdo de Schweinsteiger também obrigou o técnico alemão a escalar o lateral-direito Lahm como primeiro volante nas quatro primeiras partidas.
A decisão de utilizar uma linha defensiva com quatro zagueiros também foi muito criticada pela imprensa alemã. Nos três casos, outra característica do grupo alemão se sobressaiu: a versatilidade dos jogadores, que podem jogam em várias posições e mantém a qualidade do time.
Löw utilizou praticamente todo o grupo que trouxe para o Brasil. Dos 20 jogadores de linha convocados, 17 jogaram nos seis jogos da campanha. Oito marcaram gols e seis deram assistências para gols.
Se o eventual gol do título sairá dos pés de Müller, Klose ou Kroos ninguém sabe. A única certeza dos brasileiros é a de que um dos maiores times da Alemanha passou por aqui.
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