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Shakira, grande estrela da festa de encerramento da Copa do Mundo, afagou o orgulho ferido dos brasileiros após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, que tirou a Seleção da decisão deste domingo, no Maracanã.
- Há muitas maneiras de ganhar um Mundial. A Colômbia, por exemplo, venceu a sua Copa ao conseguir a melhor classificação da história. Nosso orgulho é imenso por isso. O Brasil organizou uma Copa com a paixão de seu povo, uma paixão que encantou o mundo. Amo o Brasil com paixão, pois comecei minha carreira aqui. Aprendi português antes do inglês. Sou meio brasileira. O Brasil é minha segunda casa.
A cantora colombiana deu show na entrevista coletiva com os artistas da festa de encerramento da Copa. Carlinhos Brown, Ivete Sangalo, Alexandre Pires, o rapper haitiano Jean Wyclef e o guitarrista mexicano Carlos Santana concederam entrevista no Maracanã e depois tiraram fotos no gramado. O show será no domingo, antes da decisão entre Alemanha e Argentina.
O ponto alto do papo foi quando todos falaram sobre as eliminações de suas seleções. Shakira, casada com o zagueiro espanhol Piqué, brincou sobre a repercussão em casa da eliminação da Espanha na primeira fase e cunhou a frase do dia:
- Eu tenho a minha maneira de consolá-lo - sorriu ela, piscando o olho e arrancando algumas gargalhadas da plateia.
Carlinhos Brown também falou sobre o fiasco brasileiro diante da Alemanha:
- Não me sinto fracassado em nenhum momento. Acho equívoco a expectativa demasiada depositada nas crianças em torno de ter de ganhar a Copa de qualquer maneira. Não me sinto derrotado. Neymar e David Luiz não serão menores pelo 7 a 1. Temos de saber perder também.
Ivete Sangalo concordou:
- Nunca se viu pressão igual. Virou quase obrigação. Somos penta. Ninguém é penta - disse Ivete, ressaltando que o legado do Mundial se fará sentir no futuro, especialmente o da imagem positiva deixada pelo povo junto aos turistas.
O rapper haitiano Jean Wycleaf chegou a dizer que torcerá pela Alemanha, pois já em 1994 andava com camisa da Seleção Brasileira. Afirmou que nunca esquecerá a presença da Seleção em um jogo amistoso beneficente em prol das vítimas da guerra civil em seu país.
- Adoro a Argentina. Mas a gente precisa ter um lado em um jogo, né? - disse Wyclef.
- Ganhar e perder é do esporte - sentenciou Santana.
O show de encerramento terá 18 minutos e contará também com a bateria e passistas da escola de samba Grande Rio.