
Além do céu brasiliense, onde o púrpura já é cor tradicional, nas arquibancadas do Mané Garrincha o vermelho do Flamengo também se misturou ao azul. A torcida do Grêmio foi a primeira a rivalizar em quantidade e barulho à do time carioca. De forma que o time gaúcho tinha todos os motivos para jogar à vontade. E assim fez. Venceu por 1 a 0, com gol de Pará, de falta, aos sete minutos do primeiro tempo.
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O Grêmio repetiu a estratégia dos últimos jogos fora de casa: postou-se em duas linhas, três zagueiros cobertos por três volantes, e esperou o Flamengo. Mas mesmo com seis marcadores na defesa, era Barcos o campeão de desarmes. Na segunda vez que conseguiu interceptar uma bola no meio-campo, Barcos lançou Kleber e o atacante foi derrubado por Chicão na intermediária.
Quando todos esperavam uma cobrança de Alex Telles de perna esquerda, Pará surpreendeu os mais de 20 mil torcedores, os 40 ministérios de Dilma e o goleiro Felipe e marcou um golaço, facilitado pelo furo na barreira e a paralisia do arqueiro flamenguista.
Podendo, então, propor o jogo, o Grêmio passou a dominá-lo. Defendia-se, acertava mais passes e atacava com mais perigo. No primeiro tempo, a jogada mais perigosa do Flamengo foi de André Santos, que costurou o meio-campo a dribles, mas foi barrado pela zaga. Assim como Marcelo Moreno, o meia foi vaiado sem dó pela torcida gremista. Já no final do primeiro tempo, a única a ser ouvida no Mané Garrincha.
Até o início da etapa final, os únicos arrepios sentidos pelos gremistas foram causados pelo o carrinho de Riveros em Chicão (o amarelo ficou barato) e pelo apito do árbitro quando Marcelo Moreno caiu na área logo no início do segundo tempo, mas o boliviano foi amarelado por simulação.
Na segunda etapa, já com os garotos Adryan e Nixon, o Flamengo ganhou ímpeto. Insinuante pela direita, foram do xará do ex-presidente americano as jogadas mais produtivas do Flamengo, mas não o suficiente para oferecer perigo a Dida.
Enquanto isso, o Grêmio oferecia perigo com Barcos. Aos 20 minutos, Pará bateu uma bola em curva de dar orgulho a Niemeyer e encontrou o argentino livre. A bola explodiu no travessão. Aos 32 minutos, Barcos entrou livre na área, mas Felipe redimiu-se do gol com uma defesa à queima-roupa. Por pouco não custou caro. No final, Hernane se viu livre na área em duas jogadas, mas Dida foi seguro na primeira bola, no meio do gol, e acompanhou a segunda ir para fora.
Se o Pirata ficou mais uma vez no quase, a barca gremista passou ilesa pelo Lago Paranoá e ancorou no G-3.
FICHA TÉCNICA
BRASILEIRÃO - 16ª RODADA DO BRASILEIRÃO - 24/08/2013
FLAMENGO - 0
Felipe; Digão (Hernane, 30'/2°), Chicão, González e João Paulo; Cáceres, Val (Nixon, intervalo) e André Santos; Fernando (Adryan, intervalo), Paulinho e Marcelo Moreno. Técnico: Mano Menezes.
GRÊMIO - 1
Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza (Matheus Biteco, 40'/2°), Riveros, Ramiro e Alex Telles; Kleber (Yuri Mamute, 36'/2°) e Barcos (Gabriel, 42'/2°). Técnico: Renato Portaluppi.
Gol: Pará (G), aos sete minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Alex Telles, Kleber (G), Marcelo Moreno, Hernane (F).
Arbitragem: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC), auxiliado por Carlos Augusto Nogueira Jr. (SP) e Ivan Carlos Bohn (PR).
Renda: R$ 951.590.
Público: 20.500 pessoas.
Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF).