Adriano de Carvalho
Como um ensaio para a implosão do Olímpico, que deverá ocorrer até março de 2014, os operários da empresa Ramos Andrade, que executam a demolição mecânica do estádio, derrubaram na manhã desta quinta-feira a torre de acesso aos camarotes, localizada na antiga área das piscinas, próxima à Av. Carlos Barbosa. Carregada de simbolismo, a queda durou menos de cinco segundos e levantou uma nuvem de poeira por alguns minutos no local.
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Preparada desde segunda-feira, a estrutura da torre foi enfraquecida por uma máquina pulverizadora, que fazia o trabalho de cortar o concreto e o ferro da fundação. Na tarde de quarta, os operários envolveram o prédio com cabos de aço, o que só terminou na manhã desta quinta. Por volta das 9h40min, duas máquinas escavadeiras de 24 toneladas puxaram os cabos e transformaram parte dos 58 anos de história do Olímpico em pó.
O local foi protegido por um tecido branco e por folhas de zinco para evitar que a poeira se alastrasse pelas ruas vizinhas. O curioso é que o treinamento do grupo profissional do Grêmio transcorria simultaneamente dentro do estádio. Mas o máximo que o ruído gerado pela queda causou foi um breve susto. Engenheiros da Ramos Andrade consideraram a manobra, que teve o trabalho de 20 operários, um sucesso. E já planejam os próximos passos.
Com 25% do estádio demolido, a empresa negocia a liberação do ginásio David Gusmão para que sua destruição possa ocorrer em dezembro. Nas áreas restantes do complexo do Olímpico, os trabalhos só poderão continuar após a mudança da estrutura administrativa do clube para a Arena e do departamento de futebol para o novo Centro de Treinamentos - o que só será definido após a assinatura do aditivo de contrato com a OAS na próxima quinta.
Aí, restará apenas a obtenção de uma licença ambiental, a autorização de uso de explosivos em área urbana por parte do Exército e a liberação do espaço aéreo junto ao 5º Comando Aéreo Regional (Comar), para que o Olímpico vá abaixo. A implosão deve ser transmitida ao vivo por redes locais de TV. O canal National Geographic estuda a produção de um documentário do evento, nos moldes do realizado na derrubada da Fonte Nova em 2010.
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