
Com uma semana inteira de treinos até o jogo contra a Chapecoense no domingo, o técnico Enderson Moreira terá tempo para lidar com problemas capitais que o Grêmio apresentou nos últimos confrontos com San Lorenzo, que, apesar da vitória no tempo normal, decretou a eliminação da Libertadores nos pênaltis, e Santos, em que o time teve fraca atuação e empatou em 0 a 0.
O trabalho do treinador passa pela recuperação psicológica de um grupo abalado pela queda na principal competição do ano. Mas o caminho para a reabilitação no Brasileirão e na Copa do Brasil também inclui questões técnicas que devem ser resolvidas em todos os setores. Confira:
Defesa: enigma nas duas laterais
Pelo lado direito, a contestação a Pará cresceu após a eliminação frente ao San Lorenzo e parte da torcida faz coro pela entrada de Ramiro em seu lugar. O volante, que acabou sobrando do time para o retorno de Luan, já atuou como lateral em seus tempos de Juventude. Foi testado também no segundo tempo contra o Atlético-PR, pelo Brasileirão, e aceitaria atuar improvisado para ter uma vaga entre os titulares.
No lado esquerdo, Wendell ainda está à disposição, mas se apresentará na Alemanha em julho. Assim, Enderson terá de utilizar com mais frequência seu substituto. Seja ele o garoto Breno ou o recém-contratado Marquinhos Pedroso.
Meio-campo: busca por um articulador
Com a alteração tática promovida por Enderson no setor, retirando um volante e armando o time no 4-2-3-1, o treinador abre um "vestibular" entre os articuladores do grupo para compor a linha de três meias com Luan e Dudu.
Contra o San Lorenzo, Zé Roberto ficou aquém do esperado. Alán Ruiz alternou bons e maus momentos contra o Santos. E Rodriguinho, trazido junto ao Corinthians, tem se mostrado como opção interessante para o segundo tempo. Há também Maxi Rodríguez, Jean Deretti e Everton, que também são alternativas para o lado do campo. É com um dos seis que Enderson terá de melhorar a transição e aproximar o meio do ataque.
Ataque: recuperar Luan e Barcos
A principal missão de Enderson está em restaurar a confiança de seus dois principais atacantes: Luan e Barcos. O garoto, que também atua como meia, deu mostras de estar recuperado de sua lesão na mão após a boa atuação na vitória sobre o Atlético-MG pelo Brasileirão. Só que contra San Lorenzo e Santos, em nada lembrou as atuações de luxo contra Nacional-COL e Newell's-ARG pela Libertadores.
O capitão Barcos passa por instabilidade semelhante. Embora seja o artilheiro do time da temporada, com 15 gols marcados, não balança as redes há cinco jogos. Assim, a semana de treinos será importante para que Enderson possa acertar a pontaria da dupla.
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