
Uma entrevista concedida no sábado ao jornal O Estado de São Paulo por Caio Rocha, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), anima o Grêmio na luta para reverter sua exclusão da Copa do Brasil e trocá-la por multa. O recurso será julgado no dia 19.
Nela, o jurista afirma que os auditores do Pleno costumam adotar decisões mais técnicas do que emocionais, diferentemente das comissões disciplinares.
- Não diria que é regra, mas muitas vezes acontece de o Pleno proceder de forma mais analítica do que emocional, porque é na comissão que se produzem as provas, que se colhe o depoimento das partes. Não vou dizer que as decisões do Pleno são sempre as mais acertadas, mas abrangem uma responsabilidade um pouco maior porque a partir daí não vai haver uma revisão do âmbito da justiça desportiva - afirma Caio Rocha.
A tendência é de que o recurso do Grêmio seja julgado pelos nove auditores do Pleno no dia 19. Um deles é o gaúcho Décio Neuhaus.
Um dos casos de racismo mais comentados deste ano resultou em multa. Em 6 de março, o volante Arouca, do Santos, ouviu gritos de macaco proferidos pela torcida do Mogi Mirim. Julgado, o clube do interior paulista foi multado em R$ 50 mil.
Em 10 de abril, Marino, volante do São Bernardo, denunciou ter sido chamado de macaco por um torcedor do Paraná. O caso resultou em multa de R$ 30 mil para o clube de Curitiba, que conseguiu reduzi-la para R$ 15 mil em segunda instância.