Adriano de Carvalho
Em meio a especulações sobre seu futuro, o meia Anderson, do Manchester United, não esconde a vontade de retornar ao Grêmio. Só que, até o momento, o desejo é unilateral. O clube espera o final do Brasileirão e a definição sobre a participação na Libertadores para iniciar a busca por reforços.
- Hoje, não tem absolutamente nada. Não há proposta, conversa e nem diálogo. No momento oportuno, faremos a avaliação deste nome juntamente com a comissão técnica - afirma o presidente eleito Romildo Bolzan Jr.
Caso a direção realize uma investida, Anderson voltaria ao Grêmio quase 10 anos após sua saída para o Porto-POR, que ocorreu na metade de 2005 - depois de ser herói na Batalha dos Aflitos, que marcou o retorno do clube à Série A.
Na época, teve 70% de seus direitos vendidos por 5,5 milhões de euros ao grupo Gestifute, do megaempresário português Jorge Mendes - que hoje cuida das carreiras de Cristiano Ronaldo, James Rodríguez e Falcão García, entre outros. Os 30% restantes foram comprados pelo Porto em 2006 por 4 milhões de euros.
A ida ao Manchester ocorreu no ano seguinte, por 32 milhões de euros. Lá, foi campeão da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes com Sir. Alex Ferguson. Depois, sofreu com várias lesões. E agora, sob o comando de Luis Van Gaal, caiu no esquecimento e pouco jogou nesta temporada.
Diretamente da Inglaterra, Anderson atendeu ao blog Passaporte Gre-Nal por telefone. Falou de sua situação no clube inglês e das conversas com a direção do Grêmio. Com salário de R$ 960 mil mensais no Manchester, o jogador aceitaria reduzir seus vencimentos para retornar. Contudo, mostrou-se frustrado com o desinteresse da direção tricolor. Veja a entrevista.
Você sairá do Manchester em janeiro?
Ainda não é certo. Mas tem possibilidade de sair, posso voltar ao Brasil. Já ganhei muitos títulos pelo Manchester. Agora quero é estar bem fisicamente e ter a oportunidade de jogar de novo. Seria bom voltar para casa, estou aberto aos clubes que tiverem interesse.