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O líder da torcida Geral do Grêmio, Rodrigo Marques Rysdyk, está liberado para assistir aos jogos do clube na Arena e também fora de Porto Alegre. A decisão é do Juizado do Torcedor, o mesmo que o havia impedido de ingressar em arenas de futebol, em setembro deste ano, após um conselheiro gremista prestar queixa contra ele por supostas ameaças em Gre-Nal no Beira-Rio.
Conhecido como Alemão da Geral, Rysdyk teve a medida cautelar revogada no dia 8 de dezembro, depois da última rodada do Brasileirão 2014. De acordo com a justificativa do juiz Marco Aurélio Martins Xavier, o procedimento foi feito devido à demora do Ministério Público em oferecer denúncia contra o torcedor.
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"É da acusação o ônus de produzir provas para a promoção da ação penal, órgão que detém poder de requisição, de modo que poderia obter, facilmente, as informações que ora requer, inclusive requisitando à Autoridade Policial. (...) No caso vertente, visualizo excessivo prazo para o manejo da ação penal, fato que é inadmissível, máxime diante da singeleza do feito", escreve Xavier em seu despacho.
Titular da Promotoria do Torcedor, o promotor José Francisco Seabra Mendes Júnior ressalta que não via necessidade de proibir o Alemão da Geral de entrar nos estádios. Mesmo assim, reforça que o processo por ameaça contra o torcedor corre normalmente e a denúncia já foi oferecida.
- Não entendi essa medida. Recebi o processo de uma vez só e devolvi três dias depois. Se houve demora, não foi minha. Precisava dos dados completos das testemunhas. Na verdade, eu não pedi a cautelar, entendi que não era necessário. Até porque o coronel Elvio (conselheiro do Grêmio) e o Alemão não assistem aos jogos juntos. O juiz deu por conta dele. Mas o processo já iniciou com oferecimento da denúncia.
Conforme o conselheiro Elvio José Pires relatou no dia seguinte ao Gre-Nal do primeiro turno, o líder da Geral do Grêmio e outros torcedores teriam feito ameaças a ele e a um grupo de dirigentes tricolores. De acordo com Pires, o grupo teria começado a "fazer um gesto com os dois dedos como se fosse dar um tiro, um gesto com o dedo no pescoço como se fosse degolar".
Por outro lado, Alemão afirmou ter recebido "um peitaço, dedo em riste, do (Luiz) Moreira (assessor especial da presidência) e do Elvio" em uma reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio no dia seguinte ao clássico.
Com base em "indícios evidentes de autoria do fato", o magistrado Marco Aurélio Martins Xavier decidiu por impedir a entrada do Alemão da Geral em qualquer jogo do Tricolor gaúcho. Ele era obrigado a se apresentar em uma Delegacia de Polícia 30 minutos antes das partidas e só podia deixar o local 30 minutos após seu término.
- Ele é uma liderança e tem que dar o exemplo positivo, à medida que tem influência sobre seus liderados. Deixá-lo entrar nos estádios abre espaço para que novos fatos aconteçam - justificou Xavier à época.
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