Ídolo do Grêmio na década de 70, o ex-zagueiro uruguaio Atílio Ancheta, 66 anos, está de volta ao clube como consultor técnico de seleções da escolinha, baseada na zona sul de Porto Alegre. Confira o que ele pensa sobre o desenvolvimento das crianças para o futebol:
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Como você retornou ao Grêmio?
Estava há muito tempo parado e fiz um pedido aos meus amigos do Grêmio. A gente fica muito triste longe do futebol. E meu conhecimento de campo poderia ser importante para essa garotada que está almejando alguma coisa importante. O Luciano (Dias, novo coordenador das categorias de base) me indicou. Tive também a ajuda de outros amigos de clube, como o doutor (Fábio) Koff.
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Qual será a sua função como supervisor de seleções?
É mais um trabalho de conversa. Olhar erros e corrigi-los com aqueles que têm dificuldades. Tem que ser muito cordial com eles. Mostrando o conhecimento que se tem, eles aceitam muito esse diálogo. Quando comecei, também tive conversas com ex-jogadores e isso me ajudou a adaptar-me rápido. Não vou treinar ninguém, apenas conversar. Não vou ser um trabalhador do Grêmio, e sim um colaborador. Sempre que puder, estarei aqui.
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E este trabalho pode também ser ampliado às categorias de base?
Sempre que houver um jogador que apresentar alguns erros, vou tentar dialogar, não importa onde. Acompanharei as seleções da escolinha também. A ideia é conversar com jogadores de até 13 anos. Eles sabem que passamos por dificuldades até nos tornarmos grandes jogadores, e respeitam muito.
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A experiência pode ser passada de muitas formas...
Já fiz um trabalho na base há dois anos. Também tive escolinhas em Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha. Mas agora é uma parte mais específica. porque é no começo da carreira que vai se formar a personalidade do jogador. Passar o conhecimento sempre é importante.
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E quem sabe nasce um novo Ancheta...
Pode ser um zagueiro, um lateral, um meia. Vou tentar fazer um trabalho para ajudar o Grêmio e as crianças. Será uma satisfação.