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A invasão do gramado da Arena por uma mulher no final do jogo contra o Palmeiras não deve resultar em perda de mando de campo ao Grêmio. O caso será analisado pela procuradoria do STJD, que deve proceder com denúncia ao Tribunal. No entanto, por ter identificado a invasora e registrado boletim de ocorrência, o clube pode ser absolvido ou, no máximo, multado.
O ocorrido se enquadra no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que diz respeito à prevenção e à repressão de invasão de campo. A pena padrão é de multa de R$ 100 a R$ 100 mil. O primeiro parágrafo estipula que, se a invasão "for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas".
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Por outro lado, o terceiro parágrafo do artigo aponta que a comprovação de identificação e detenção dos autores da invasão, como foi registrado na súmula do árbitro Emerson de Almeida Ferreira, exime o clube de responsabilidade.
– Será avaliada a invasão e, possivelmente, ocorrerá a denúncia – afirmou Felipe Bevilacqua, procurador-geral do STJD, a Zero Hora.
O procurador, no entanto, sem ainda ter analisado o mérito da questão, reconhece que a identificação da invasora exclui a responsabilidade do clube no ocorrido. Até por isso, o Grêmio, após o jogo, designou o vice de futebol Alberto Guerra para cuidar do caso. O dirigente, que também é advogado, acompanhou o registro do boletim de ocorrência junto à Polícia Civil e a audiência no Jecrim.
– Esperamos que, com estes documentos, o Grêmio possa escapar de uma punição. Mas todo julgamento tem suas peculiaridades, temos de ter cautela – comenta Guerra.
A reportagem tentou contato com a Arena Porto-Alegrense, gestora do estádio, para obter explicações sobre a falha de segurança que possibilitou a invasão ao gramado. Mas, até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
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