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Roger deixa o Grêmio por causa do próprio Grêmio. Até o início de setembro, ele se debatia para montar uma equipe razoavelmente competente, capaz de encarar a reta final do Brasileirão e buscar um lugar no G-4. Embora o contexto do clube ainda dormisse embalado por uma inalcançável disputa de título. Só que o Grêmio se despedaçou em campo e fora dele.
No campo, perdeu um jogador de importância tática como Giuliano – e não à toa ele foi parar na Seleção. Fora, o ambiente do clube se convulsionou e ajudou a fazer o time descarrilar no Brasileirão. A eleição e as disputas políticas devoram o Grêmio. É inegável que entram no vestiário e atrapalham o trabalho.
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Roger patinou quando precisou de mais qualidade para fazer o time dar o salto. É só dar uma espiada nas contratações: Edílson era um reserva no Corinthians, Wallace Reis foi escanteado no Flamengo, Kannemann havia jogado duas partidas neste ano e Negueba oscilava no Coritiba. Era o o que o orçamento do Grêmio alcançava. Tanto que Romildo, ao anunciar a saída de Roger, reiterou algumas vezes que o projeto era de renovação e de aposta na base.
Com o grupo que tinha em mãos, vamos combinar que ele chegou longe. Estamos na 25ª rodada e até ela começar o Grêmio estava nos calcanhares do G-4.
Quem assumir precisará fazer mais com o mesmo. Fala-se em Renato. Mas é preciso cuidado com a armadilha do ídolo. Ele mobiliza por três ou quatro jogos. Depois, é preciso resultado. É só o Grêmio dar uma espiada na grama do vizinho para ver como é.
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